O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky confirmou o retorno de outro grupo de militares ao país, a maioria deles soldados mantidos em cativeiro desde 2022.

Por Luís Antônio Paulino - Sem garantias mútuas de segurança e com a resistência da Otan, um cessar-fogo duradouro entre Rússia e Ucrânia segue cada vez mais distante.

Moscou mantém ofensiva e realiza um dos bombardeios mais letais contra a capital ucraniana. Cidadão norte-americano de 62 anos está entre as vítimas.

Além disso, o Exército ucraniano perdeu no último dia na área do agrupamento Tsentr até 520 militares, seis veículos blindados, oito picapes e quatro peças de artilharia de campanha.

Segundo informado, a Rússia e a Ucrânia estão iniciando intercâmbios sanitários por tempo indefinido no âmbito dos acordos alcançados em Istambul.

Kharkiv, no nordeste da Ucrânia, resistiu ao avanço em grande escala da Rússia nos primeiros dias da guerra e, desde então, tem sido alvo frequente de ataques.

De acordo com o Ministério da Defesa de Moscou, a primeira etapa envolveu 50 militares com menos de 25 anos de idade, sendo 25 de cada lado.

Até o momento, apenas o Comando das Forças de Defesa do Sul da Ucrânia reagiu, afirmando que "o inimigo não abandonou suas intenções de entrar na região de Dnipropetrovsk”.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que 49 pessoas em todo o país ficaram feridas nos ataques, que também atingiram outras cidades e vilas.

A Ucrânia usou drones para atacar aviões bombardeiros pesados russos em bases aéreas na Sibéria e no extremo norte no fim de semana.

De acordo com o mandatário, que publicou uma mensagem no Truth Social, o bate-papo entre os líderes foi "bom", mas o norte-americano não mostrou otimismo com a possibilidade de um cessar-fogo no leste europeu.

Zelensky voltou a questionar as reais intenções da Rússia nas negociações e criticou a falta de capacidade de manobra dos representantes que Moscou tem enviado para as conversas em Istambul.

Zelensky afirmou que ao menos um foguete disparado de um lançador múltiplo de foguetes não conseguiu detonar e se alojou em um prédio de apartamentos.

Delegações dos dois países se reuniram pela segunda vez em Istambul, na Turquia, para dar sequência ao encontro realizado em 16 de maio, mas as negociações ainda não produziram avanços.

Zelensky disse que esse é um momento "importante", já que "a Rússia lançou sua ofensiva de verão, mas, por outro lado, precisa se engajar na diplomacia".

A equipe ucraniana é liderada pelo ministro da Defesa, Rustem Umerov, enquanto a russa é guiada por Vladimir Medinsky, conselheiro do presidente Vladimir Putin.

O líder ucraniano denunciou que o exército russo lançou um ataque a uma estação de transporte público e danificou edifícios residenciais com cerca de 90 drones e dois mísseis balísticos.

As posições oficiais de Moscou e Kiev parecem, por ora, quase impossíveis de conciliar. A Rússia exige, entre outros pontos, que a Ucrânia renuncie definitivamente ao plano de adesão à Otan.

Essa é a terceira noite seguida que centenas de drones russos entram no espaço aéreo ucraniano. Dezenas de pessoas morreram durante os bombardeios.

A troca de três dias começou na sexta-feira e envolveu principalmente prisioneiros de guerra, juntamente com 120 civis, de cada lado. Neste domingo, os dois lados trocaram 303 prisioneiros.