O levantamento, que capta a percepção do mercado financeiro para indicadores econômicos, mostrou que a expectativa agora é de que o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC optará pela manutenção dos juros em cada uma das reuniões até o final do ano.

Segundo a análise, a decisão mais agressiva foi acompanhada por uma projeção futura indicando que o BC pretende interromper o ciclo de aperto monetário na próxima reunião.

Em abril, as vendas varejistas tiveram queda de 0,4% na comparação com o mês anterior, contra expectativa em pesquisa da agência inglesa de notícias Reuters de recuo de 0,8%.

Por Paulo Kliass - Ao contrário do que havia sido prometido durante a campanha eleitoral, não foi levada a cabo a simples eliminação do famigerado Teto de Gastos de Temer.

Alta da Selic e endividamento limitam demanda por crédito, mas ritmo ainda reflete força da atividade econômica

Por Paulo Kliass - Com R$ 950 bilhões pagos em 2024, despesas com juros batem recorde e desafiam discurso de austeridade fiscal do governo Lula.

A estimativa para 2025 está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Economistas afirmaram em mais de uma oportunidade, nesta sexta-feira, que a elevação menor da atividade econômica deve passar pelo peso da política monetária contracionista no mercado de trabalho e no setor de serviços.

Ela ressalta que o fato de uma empresa buscar crédito, ou seja, contrair dívidas, pode ser uma alavanca poderosa para investimento, pelo fato de que pode viabilizar projetos e também expansão de operações.

Os cortes nas taxas, amplamente esperados, têm como objetivo estimular o consumo e o crescimento dos empréstimos, ao mesmo tempo em que protege as margens de lucro cada vez menores dos credores comerciais.

Em conferência promovida pelo Goldman Sachs, nesta manhã, Galípolo disse compreender a busca de agentes do mercado por sinais da uma inflexão da política monetária, ponderando que o BC precisa ter cautela e flexibilidade neste momento de incerteza.

De acordo com relatório divulgado pelo banco, a expectativa de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano agora é de 2,4%, devido a efeitos de carregamento do desempenho de 2024 e a um mercado de trabalho ainda robusto e aumento da renda real.

Das 32 instituições ouvidas pela agência norte-americana de notícias Bloomberg, 31 esperavam alta de 0,5 ponto percentual.

A estimativa consta do ‘Boletim Focus’, pesquisa divulgada semanalmente pelo BC sobre os principais indicadores econômicos, geralmente às segundas-feiras.

Autoridades do BC têm alertado que linhas de crédito de alto risco para pessoas físicas têm baixa sensibilidade à política monetária, defendendo que o sistema seja repensado para fortalecer as concessões de empréstimos com garantia, reduzindo custos às famílias.

A elevação dos juros bancários acompanha um momento de alta da taxa básica de juros da economia, a Selic, definida em 14,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC.

As localidades com recuo na produção industrial foram Bahia: -2,6%;  Ceará: -1,0%;  São Paulo: -0,8%; Santa Catarina: -0,6%; Mato Grosso: -0,6%; Rio de Janeiro: -0,3% e  Minas Gerais: -0,2%.

Na manhã de 18 de março, as centrais sindicais do Brasil, incluindo a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra Sindical), a Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps), a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e os Bancários, organizaram uma manifestação em frente ao Banco Central, em Brasília.

Trata-se da quinta elevação consecutiva da Selic, que deverá voltar a subir na próxima reunião do Copom. Em linha com a edição mais recente do ‘Boletim Focus’, pesquisa semanal com analistas do mercado financeiro, a taxa básica passou de 13,25% para 14,25% ao ano.

Para este ano, a expectativa para o crescimento da economia caiu de 2,01% para 1,99%. Para 2026, a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB - a soma dos bens e serviços produzidos no país) passou de 1,7% para 1,6%. Para 2027 e 2028, o mercado financeiro estima expansão do PIB em 2% para os dois anos.