O levantamento, que capta a percepção do mercado financeiro para indicadores econômicos, mostrou que a expectativa agora é de que o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC optará pela manutenção dos juros em cada uma das reuniões até o final do ano.
Por Redação, com Reuters – de Brasília
Analistas econômicos consultados pelo Banco Central (BC), nesta segunda-feira, ajustaram sua projeção quanto ao patamar da Selic ao fim deste ano para 15%, prevendo manutenção no patamar atual dias depois que a autarquia elevou a taxa básica de juros. Fizeram apenas mudanças ligeiras nas projeções de inflação e crescimento da economia brasileira, de acordo com o ‘Boletim Focus’, pesquisa do BC divulgada nesta segunda-feira.

O levantamento, que capta a percepção do mercado financeiro para indicadores econômicos, mostrou que a expectativa agora é de que o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC optará pela manutenção dos juros em cada uma das reuniões até o final do ano.
O Copom decidiu, na última quarta-feira, elevar a Selic em 0,25 ponto percentual, a 15% ao ano, em movimento diferente da então projeção do ‘Focus’ de manutenção dos juros em 14,75%, indicando ainda que pode interromper o ciclo de altas já na próxima reunião, mas que não hesitará em elevar os juros novamente caso julgue necessário. A autarquia divulgará a ata dessa reunião nesta terça-feira.
Previsão
Para 2026, a previsão do BC é de que a taxa Selic atingirá 12,50%, na 21ª semana consecutiva que a expectativa se mantém nesse nível. A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda a previsão de que o IPCA terá alta de 5,24% ao fim deste ano, ligeiramente abaixo da projeção de ganho de 5,25% na pesquisa anterior, no que foi a 4ª semana consecutiva de redução da expectativa.
Para 2026, a projeção para a inflação brasileira foi a 4,50%, mesmo patamar da semana anterior. O centro da meta perseguida pelo BC é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Em relação ao crescimento da economia brasileira, a previsão é de que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro tenha expansão de 2,21% neste ano, um pouco acima dos 2,20% projetados na semana anterior. Em 2026, a expectativa de crescimento subiu para 1,85%, ante 1,83% há uma semana.
Incerteza
No ‘Boletim Focus’ desta segunda-feira, houve ainda redução na expectativa para o preço do dólar no final de 2025, a R$ 5,72, de R$ 5,77 anteriormente, e manutenção na projeção para 2026 a R$ 5,80.
A divisa norte-americana acumula queda ante o real de 10,55% neste ano, em movimento puxado por um processo de correção de preço, após sua disparada no fim do ano passado, e maior incerteza em relação aos planos tarifários dos EUA.