O senador Randolfe Rodrigues solicitou a abertura de uma investigação depois que Aras defendeu o arquivamento do inquérito contra Jair Bolsonaro que apura o vazamento de dados de uma investigação envolvendo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), durante uma transmissão ao vivo do presidente pela internet.
Por Redação - de Brasília
Subprocuradora da Procuradoria Geral da República (PGR), a procuradora Lindôra Araújo pediu, em parecer enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), o arquivamento de um pedido de investigação contra o procurador-geral da República Augusto Aras por suposto crime de prevaricação. O pedido havia sido feito pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), para quem o PGR estaria alinhado ao governo de Jair Bolsonaro (PL).
Aras tem sido condescendente com o mandatário neofascista Jair Bolsonaro (PL) e o liberado de todos os processos
O senador Randolfe Rodrigues solicitou a abertura de uma investigação depois que Aras defendeu o arquivamento do inquérito contra Jair Bolsonaro que apura o vazamento de dados de uma investigação envolvendo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), durante uma transmissão ao vivo do presidente pela internet.
Em 4 agosto de 2021, o presidente divulgou, durante uma transmissão ao vivo em sua página no Facebook, a íntegra de um inquérito da Polícia Federal (PF) que apura supostas invasões a sistemas e bancos de dados do TSE em 2018, para tentar deslegitimar o sistema de votação em urna eletrônica. Diferente do que defendeu Bolsonaro, o suposto ataque não representou qualquer risco às eleições daquele ano.
Investigação
Para Aras, no entanto, o relatório da PF não segue os preceitos constitucionais que dispõem sobre o sigilo das investigações policiais. Aras também disse que o inquérito não estava sob segredo de Justiça e não tramitava reservadamente dentro da PF.
Agora, no parecer enviado ao STF, Lindôra Araújo afirmou que a representação de Randolfe Rodrigues contra Aras trata de uma “opinião pessoal” sobre a atuação do PGR.
“A representação ofertada pelo referido senador reveste-se de generalizada e infundada insatisfação pessoal quanto à atuação do Procurador-geral da República, com menção genérica a diversas outras investigações criminais e atuações cíveis a cargo do Ministério Público Federal que não integram o contexto investigativo dos autos”, argumentou.
O parecer da subprocuradora, ‘braço direito’ de Augusto Aras, será encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, que reúne outros processos contra Bolsonaro.
