As famílias pediram ao governo israelense que regresse aos canais diplomáticos para pôr fim à ofensiva em curso.

O país lançou recentemente uma operação militar por terra para ocupar a Cidade de Gaza, maior centro urbano do enclave palestino, o que pode provocar a evacuação de 1 milhão de pessoas.

O político israelense acrescentou que também cumprirá a ameaça se o grupo fundamentalista islâmico não colocar um ponto final no conflito na região nos termos do país.

O pronunciamento chega poucas horas depois de o gabinete de segurança israelense ter aprovado uma proposta do premiê Benjamin Netanyahu para "controlar" a Cidade de Gaza.

Grupo diz que israelenses em cativeiro terão acesso a mantimentos da Cruz Vermelha se Israel autorizar ajuda humanitária sustentada e abrangente a Gaza.

Mais de 60 mil pessoas já foram mortas no território palestino desde outubro de 2023.

Após o 7 de Outubro e com reféns ainda mantidos em cativeiro, o debate em torno da criação de um estado palestino praticamente desapareceu da agenda.

Após três dias de negociações indiretas no Catar, o Hamas concordou em libertar 10 reféns, afirmando que o seu objetivo é "superar os obstáculos”.

O grupo criminoso teria desativado os sistemas de vigilância do estabelecimento, além de utilizar rádios comunicadores para coordenar a ação com comparsas do lado de fora.

Após a reunião, o primeiro-ministro israelense manteve uma conversa telefônica com o presidente dos EUA, Donald Trump, agradecendo-o por seus esforços.

Grupo exige o cessar das hostilidades, a retirada completa das tropas israelenses, a troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos e a entrada de ajuda humanitária em Gaza.

Após dois meses de cessar-fogo, Israel rompeu a trégua em 18 de março e voltou a bombardear Gaza. Segundo o governo israelense, a retomada do conflito foi motivada pelas "repetidas recusas do Hamas.

A UE coloca na lista negra diretores de prisões e altos funcionários penitenciários, bem como juízes e promotores, por seu papel em confissões forçadas.

O primeiro-ministro alertou que, quanto mais o grupo fundamentalista "persistir na recusa de libertar" os sequestrados em 7 de outubro de 2023, "maior será a pressão".

Desde que o cessar-fogo entrou em vigor em 19 de janeiro, o Hamas libertou reféns em cerimônias públicas em Gaza, onde combatentes armados e mascarados escoltaram os prisioneiros até os palcos diante de um grande público.

A informação é do porta-voz da organização extremista, Hazem Qassem, após as críticas do governo israelense à exposição dos sequestrados em palcos na Faixa de Gaza antes de entregá-los à Cruz Vermelha.

Os prisioneiros apareceram vestidos de caqui e em aparente boa saúde durante a entrega, que foi transmitida ao vivo por vários meios de comunicação.

Reféns teriam sido mortos em bombardeio de Israel. As vítimas são um bebê de 9 meses, seu irmão de 4 anos, a mãe deles, de 32 anos, e um idoso de 83 anos.

Os nomes dos mortos só deverão ser divulgados pelo Hamas na próxima quinta. De acordo com estimativas, deve haver nove reféns sem vida entre os 33 da lista.

O Hamas liberou neste sábado o americano-israelense Sagui Dekel-Chen, o russo-americano Alexandre Sasha Troufanov e Yair Horn. Em troca, Israel precisará soltar 369 prisioneiros palestinos.