Edinho Silva argumentou que, desde o governo Temer, uma parte essencial do poder presidencial foi transferida para o Congresso, criando uma contradição estrutural e institucional no modelo de governo.

Com as eleições marcadas para julho, o presidente resolveu deixar claro em quem confia para dirigir a legenda até as urnas, em 2026.

O presidente também teria sinalizado, de forma enfática, que apoia Edinho Silva em uma das principais causas da crise interna: a distribuição de cargos na nova direção partidária.

O ex-ministro, no entanto, se mantém firme na decisão de ajudar no que puder na campanha de reeleição do presidente Lula, mas sem assumir um cargo específico, seja no Diretório Nacional, seja nas instâncias de representação do partido.

Por Gilberto de Souza - Edinho Silva, nessa conversa de mais de uma hora, revela-se um político consciente dos desafios que a legenda petista precisará enfrentar, no curto e no longo prazos.

O sucessor da deputada Gleisi Hoffmann, que chega ao final de oito anos de resistência à extrema direita, no entanto, precisará coordenar a sucessão de Lula, em 2026; além de ampliar as bancadas no Senado e na Câmara.

Segundo o prefeito Edinho Silva, o PT precisa estabelecer estratégias diferenciadas de diálogo com a classe média, especialmente nas grandes cidades; além de enfrentar o desafio de uma direita cada vez mais organizada.

"O Tribunal Regional Eleitoral do DF confirmou o trancamento do inquérito policial instaurado no bojo da operação Lava Jato contra Edinho Silva a partir da colaboração de Ricardo Pessoa", diz nota do hoje prefeito de Araraquara (SP), cotado para assumir a Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República.