Rio de Janeiro, 13 de Setembro de 2025

No sentido oposto à pressão dos juros altos, setor de serviços cresce

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Sexta, 12 de Setembro de 2025 às 21:34, por: CdB

Esse período de fevereiro a julho é a maior sequência de alta desde o período de oito meses compreendido entre fevereiro e setembro de 2022.

Por Redação, com ABr – do Rio de Janeiro

O setor de serviços, que reúne atividades como transporte, turismo, restaurantes, salão de beleza e tecnologia da informação, cresceu 0,3% na passagem de junho para julho, na contramão dos esforços do Banco Central para reduzir a atividade econômica no país. O resultado representa a sexta alta seguida e renova o patamar mais alto alcançado este ano, em junho. Nos seis meses seguidos de alta, o segmento subiu 2,4%.

No sentido oposto à pressão dos juros altos, setor de serviços cresce | O setor de serviços se mostra resiliente, diante os obstáculos da economia
O setor de serviços se mostra resiliente, diante os obstáculos da economia

Esse período de fevereiro a julho é a maior sequência de alta desde o período de oito meses compreendido entre fevereiro e setembro de 2022. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e fazem parte da Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada nesta sexta-feira.

O levantamento mostra que, em relação a julho de 2024, o setor avançou 2,8%. No acumulado de 12 meses, o crescimento é de 2,9%. A atividade que apresentou a maior alta na passagem de junho para julho foi a de informação e comunicação, com 1% de crescimento.

 

Impacto

O gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, destaca o comportamento de duas atividades dentro do segmento de informação e comunicação: telecomunicações, que cresceu 0,7%, e tecnologia da informação, com alta de 1,2%. A pesquisa do IBGE identificou a expansão dos serviços em 12 das 27 unidades da federação.

O maior impacto positivo veio de Rondônia, com crescimento de 10,9%. O setor de serviços é o que mais emprega no país. Nos últimos dias, o IBGE revelou que a produção da indústria brasileira caiu 0,2% em julho, e o comércio recuou 0,3% no mesmo intervalo de comparação. Nos desempenhos acumulados em 12 meses, a indústria cresceu 1,9%.

O comércio apresentou expansão de 2,5%. De acordo com o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, um dos fatores que explica a tendência de alta do setor de serviços é a digitalização crescente da economia desde a pandemia de covid-19, em 2020.

Setores

O IBGE pontua que três das cinco atividades que compõem o setor apresentaram alta na passagem de junho para julho: informação e comunicação: 1%; profissionais, administrativos e complementares: 0,4%; serviços prestados às famílias: 0,3%; transportes: -0,6% e outros serviços: -0,2%.

Lobo destaca, ainda, o comportamento de duas atividades dentro do segmento de informação comunicação. Telecomunicações cresceu 0,7%, e tecnologia da informação; 1,2%.

A pesquisa do IBGE identificou que a expansão dos serviços foi acompanhada por 12 das 27 unidades da federação, com os maiores impactos positivos vindo de São Paulo (1,7%), Paraná (1,7%), Mato Grosso do Sul (5,7%), Santa Catarina (0,9%) e Rondônia (10,9%).

O setor de serviços é o que mais emprega no país.

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