De acordo com a Agência Internacional de Energia (AIE), no entanto, para o aquecimento global ficar limitado a 1,5ºC, como prevê o Acordo de Paris, novos campos de petróleo não poderiam mais ser abertos.
Por Redação – de São Paulo
Ainda que o mundo tenha fechado um acordo para fazer uma “transição para longe dos combustíveis fósseis” — conforme documento assinado durante a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas de 2023 (COP28) —, explorar novas reservas de petróleo é hoje prioridade para o setor de óleo e gás da América Latina. A exploração de novos campos é a principal prioridade das empresas para 28% dos profissionais da indústria de óleo e gás, segundo pesquisa da Aggreko, companhia que fornece soluções de energia para, por exemplo, plataformas de petróleo e minas em construção.

De acordo com a Agência Internacional de Energia (AIE), no entanto, para o aquecimento global ficar limitado a 1,5ºC, como prevê o Acordo de Paris, novos campos de petróleo não poderiam mais ser abertos.
O levantamento da Aggreko indica que, após a exploração de novas reservas, aumentar a produção aparece como a segunda prioridade mais votada, por 23% dos profissionais. Redução de custos, investimento em infraestrutura e expansão para novos mercados vêm em seguida.
Pesquisa
Adoção de práticas mais sustentáveis foi indicada como prioridade por apenas 7% dos entrevistados. Foram ouvidos 312 profissionais da indústria de óleo e gás. A pesquisa será lançada na próxima terça-feira.
O gerente de óleo e gás da Aggreko na América Latina, Daniel Rossi, afirma que as companhias do setor já estiveram mais preocupadas com a adoção de práticas sustentáveis, mas que dificuldades logísticas, técnicas e de custo têm tornado difícil a implementação.
— O custo dessas práticas coloca a operação em um patamar em que a empresa perde competitividade — resumiu.