O evento internacional, que reunirá chefes de Estado e representantes de mais de 20 países, motivou a adoção de medidas de segurança e logística por órgãos federais e municipais.
Por Redação, com Agenda do Poder – do Rio de Janeiro
A realização da Cúpula dos BRICS no Rio de Janeiro nos dias 6 e 7 de julho trará uma série de alterações na rotina da cidade, com impactos diretos no transporte aéreo, circulação urbana e funcionamento de repartições públicas.
O evento internacional, que reunirá chefes de Estado e representantes de mais de 20 países, motivou a adoção de medidas de segurança e logística por órgãos federais e municipais.
Entre as mudanças mais significativas está a suspensão temporária das operações comerciais e executivas no Aeroporto Santos Dumont, na região central da cidade, nos dias 6 e 7 de julho. A medida foi anunciada pela Infraero, que informou que o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), ligado ao Comando da Aeronáutica, determinou restrições no espaço aéreo brasileiro por questões de segurança. No dia 7, a suspensão se estenderá até as 18h.
Durante esse período, companhias aéreas deverão remanejar seus voos para o Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão). Em comunicado, a Azul Linhas Aéreas confirmou a transferência integral de suas operações para o Galeão nas datas afetadas e alertou para impactos adicionais nos dias 5 e 8 de julho. A empresa orienta seus passageiros a acompanharem atualizações por e-mail, SMS, WhatsApp e nos canais digitais oficiais.
“A companhia aérea Azul informa que ‘por determinação das autoridades (…) irá transferir integralmente suas operações’, passando os voos do Aeroporto Santos Dumont para o Galeão nestas datas. ‘Pelo mesmo motivo, parte das operações na capital fluminense, nos dias 05 e 08 também será impactada’”, declarou a empresa em nota.
As alterações foram definidas em conjunto com a prefeitura do Rio de Janeiro, a Casa Civil da Presidência da República, a Secretaria de Aviação Civil, a Polícia Federal, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e demais órgãos envolvidos na organização da Cúpula.
Cidade se adapta à Cúpula
A movimentação provocada pelo evento também levou a Prefeitura do Rio a decretar ponto facultativo no dia 4 de julho, que cai numa sexta-feira, e feriado municipal no dia 7, segunda-feira. A combinação das datas cria um feriado prolongado de quatro dias, com o objetivo de reduzir o fluxo de pessoas e veículos durante a realização da cúpula.
O Museu de Arte Moderna (MAM), localizado no Parque do Flamengo e sede da reunião, já está fechado ao público desde a última segunda-feira para a montagem da infraestrutura do evento. A previsão é que a cinemateca, biblioteca e cantina do museu reabram em 15 de julho, enquanto o espaço expositivo será reaberto em 9 de agosto com nova mostra.
Outra mudança relevante é a suspensão de obras e reparos urbanos nas Áreas de Planejamento 1 e 2, incluindo bairros da Zona Sul, Grande Tijuca, Centro e parte da Zona Norte, além da Estrada do Galeão e da Avenida Rio de Janeiro. A Secretaria Municipal de Conservação publicou a portaria com essa determinação no Diário Oficial de quinta-feira, destacando que a medida busca evitar congestionamentos e facilitar a mobilidade durante os dias da cúpula.
A reunião de alto nível marcará mais um grande evento internacional sediado no Rio, que volta a ser protagonista diplomático após ter recebido, em 2023, a cúpula do G20. A expectativa das autoridades é que a cidade esteja preparada para receber os líderes globais com segurança, organização e o mínimo de impacto possível para a população local.