Rio de Janeiro, 15 de Junho de 2025

Rússia estabelece ‘zona de segurança’ na fronteira com a Ucrânia

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Sexta, 02 de Maio de 2025 às 15:41, por: CdB

O ministério da defesa russo disse que “a criação de uma ‘zona de segurança’ nas áreas de fronteira de Sumy continua”.

Por Redação, com Europa Press – de Moscou

As autoridades russas anunciaram nesta sexta-feira a criação de uma “zona de segurança” nas áreas fronteiriças da província ucraniana de Sumi (nordeste), após concluir a recuperação do território da região de Kursk, que foi alvo de uma incursão lançada em agosto de 2024 pelas tropas ucranianas.

Rússia estabelece ‘zona de segurança’ na fronteira com a Ucrânia | Rússia cria uma ‘zona de segurança’ em áreas da Ucrânia que fazem fronteira com a região de Kursk
Rússia cria uma ‘zona de segurança’ em áreas da Ucrânia que fazem fronteira com a região de Kursk

O ministério da defesa russo disse em uma mensagem em sua conta no Telegram que “a criação de uma ‘zona de segurança’ nas áreas de fronteira de Sumy continua” depois que as forças russas “concluíram a expulsão das formações das Forças Armadas ucranianas da região de Kursk”.

O Estado-Maior do Exército russo declarou em 26 de abril que a “operação de libertação” da região de Kursk, palco desde agosto de 2024 de uma grande incursão das forças ucranianas através da fronteira, havia terminado com a tomada da aldeia de Goman.

Ucrânia descarta possíveis “violações de soberania”

O primeiro-ministro da Ucrânia, Denis Shmigal, assegurou nesta sexta-feira que o acordo para a exploração de minerais firmado com o governo dos Estados Unidos “não viola a soberania ou a legislação do país”, ao mesmo tempo em que descartou possíveis “contradições” a esse respeito.

Ele fez essa declaração durante uma sessão plenária do Parlamento ucraniano, na qual teve que responder a perguntas de deputados sobre os possíveis riscos do acordo, especialmente em questões ambientais.

– O acordo não viola nossas obrigações em termos de integração europeia, especialmente em questões ambientais – esclareceu Shmigal, cujas palavras foram endossadas pela Ministra da Justiça, Olga Stefanishina, que também é responsável por questões relacionadas à integração europeia.

Stefanishina enfatizou que o pacto “não tem cláusulas conflitantes” e esclareceu que alguns dos títulos introduzidos são “meros pontos legais”. “São parágrafos sobre questões legais que fornecem suporte no caso de qualquer contradição entre as regulamentações nacionais e o texto do acordo”, explicou ela.

– De acordo com a lei ucraniana sobre tratados internacionais, se um tratado internacional for ratificado pelo Parlamento e exigir emendas legislativas, essas emendas serão adotadas pelos deputados paralelamente – disse, argumentando que, uma vez que o pacto seja ratificado, não há motivo para preocupação com uma possível “concordância” com a legislação ucraniana.

Ele enfatizou que o pacto “não viola de forma alguma as disposições das regulamentações nacionais e, mais especificamente, as diretrizes europeias”.

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky aplaudiu a assinatura do acordo no dia anterior, enfatizando que é “o primeiro resultado tangível” da reunião “histórica” que ele teve no último sábado no Vaticano com seu homólogo americano, Donald Trump, coincidindo com o funeral do Papa Francisco.

Mudanças

Zelensky reconheceu que o texto “mudou significativamente” desde o início, dando a entender que agora atende melhor aos interesses da Ucrânia por ser “verdadeiramente um acordo igualitário”. “Ele cria oportunidades para investimentos substanciais na Ucrânia e para a modernização da indústria”, enfatizou.

Para a Casa Branca, trata-se de um “acordo histórico”, de acordo com a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt. Os EUA poderão se beneficiar da exploração de recursos naturais e, ao mesmo tempo, apoiar o desenvolvimento econômico de uma Ucrânia “pacífica” e “soberana”, disse a Casa Branca na quinta-feira.

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