A prefeitura do Rio lançou neste sábado o Comitê Marielle Franco de Proteção e Enfrentamento à Violência Política Contra as Mulheres. O projeto conta com a participação de 13 instituições, entre elas a Câmara Municipal do Rio de Janeiro, casa que Marielle integrava como parlamentar quando foi assassinada em 14 de março de 2018.
Por Redação, com ABr - do Rio de Janeiro
A prefeitura do Rio lançou neste sábado o Comitê Marielle Franco de Proteção e Enfrentamento à Violência Política Contra as Mulheres. O projeto conta com a participação de 13 instituições, entre elas a Câmara Municipal do Rio de Janeiro, casa que Marielle integrava como parlamentar quando foi assassinada em 14 de março de 2018. A finalidade do comitê é combater o racismo e conscientizar a população sobre o papel transformador das mulheres negras na sociedade. A prefeitura do Rio lançou o Comitê Marielle Franco de Proteção e Enfrentamento à Violência Política Contra as Mulheres
De acordo com a secretária especial de Políticas e Promoção da Mulher, Joyce Trindade, a criação do comitê quer provocar mudanças para o futuro e fazer da cidade uma referência na igualdade de gênero.
– A participação dos corpos e mentes das mulheres cariocas na construção das políticas públicas da cidade ainda é muito baixa, e reivindicar esses espaços de decisão, dando visibilidade às informações da violência que vitimam essas mulheres é o nosso objetivo, para fazer da cidade do Rio de Janeiro uma referência na igualdade de gênero e liderança feminina em todos os espaços – explicou.
A vereadora Monica Benício (Psol), companheira de Marielle Franco na época em que ela foi assassinada, disse que a criação do comitê é carregada de simbolismo e resistência.
– Precisamos garantir que esse comitê e a Secretaria Especial da Mulher possam funcionar de forma íntegra e, para isso, precisamos de financiamento. É muito importante que as mulheres sigam na luta conquistando, resistindo e lutando, por Marielle e pelos direitos de todas nós – avaliou.
Mulheres negras
A presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara do Rio, Teresa Bergher (Cidadania), disse que as mulheres representam 54% da população da capital fluminense, 46% delas são negras.
– Na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, a representação feminina está em torno de 20% dos vereadores. É muito pouco, mas estamos avançando. A mulher tem que ter muito mais espaço e a Câmara Municipal precisa apoiar iniciativas femininas, como a criação deste comitê. Marielle Franco representou muito bem tanto a defesa das mulheres como a dos direitos humanos, dedicando sua curta vida às causas que têm que ser defendidas por toda a sociedade – afirmou.
O evento ocorreu no Palácio da Cidade, sede da prefeitura do Rio, e faz parte da agenda Mês das Pretas, em comemoração ao Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, lembrado neste domingo.