Segundo Il Sismografo, essas viagens seriam parte da misteriosa "missão de paz" que o papa anunciou em sua viagem de volta da Hungria, no fim de abril, e que seria desmentida nos dias seguintes pela Rússia e pela Ucrânia.
Por Redação, com ANSA e Reuters - de Moscou
Os presidentes da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e da Rússia, Vladimir Putin, teriam aceitado realizar reuniões separadas com enviados especiais do papa Francisco para discutir um possível cessar-fogo.

A informação é do site vaticanista Il Sismografo, que diz que o líder católico teria decidido mandar o arcebispo de Bolonha e presidente da Conferência Episcopal Italiana (CEI), cardeal Matteo Zuppi, a Kiev.
Já o prefeito do Dicastério para Igrejas Orientais, Claudio Gugerotti, também ex-núncio no Reino Unido, na Ucrânia e em Belarus, teria sido designado para viajar a Moscou.
Segundo Il Sismografo, essas viagens seriam parte da misteriosa "missão de paz" que o papa anunciou em sua viagem de volta da Hungria, no fim de abril, e que seria desmentida nos dias seguintes pela Rússia e pela Ucrânia.
Nenhuma das partes confirmou os encontros com os enviados do Vaticano até o momento.
Chefe mercenário russo
Yevgeny Prigozhin, chefe do grupo mercenário russo Wagner, acusou nesta quinta-feira unidades regulares do Exército da Rússia de recuar 570 metros ao norte da cidade de Bakhmut, no leste da Ucrânia, deixando expostos os flancos dos combatentes do grupo.
À agência inglesa de notícias Reuters não conseguiu verificar a alegação dele e não houve comentários imediatos do Ministério da Defesa russo.
As forças de Wagner têm liderado o ataque a Bakhmut, uma das batalhas mais sangrentas e longas da guerra, que Moscou chama de "operação militar especial", com algum apoio do Exército regular nos últimos meses.
Prigozhin, que repetidamente acusa o alto escalão militar da Rússia de não fazer o suficiente para apoiar seus homens, pediu ao Ministério da Defesa que faça tudo o que puder para proteger os flancos de Bakhmut após o que ele alegou ser uma retirada.
– Infelizmente, as unidades do Ministério da Defesa da Rússia recuaram até 570 metros ao norte de Bakhmut, expondo nossos flancos – disse Prigozhin em uma mensagem de voz.
– Estou apelando para a liderança do Ministério da Defesa, publicamente, porque minhas cartas não estão sendo lidas – afirmou Prigozhin.
Wagner diz que ocupou a maior parte da cidade destruída, embora com um enorme custo humano. Mas a Ucrânia afirma que suas forças retomaram território em torno de Bakhmut nos últimos dias.
Moscou vê Bakhmut, uma cidade com cerca de 70 mil antes da guerra, como um potencial impulso para capturar o resto da região industrial de Donbas, na fronteira com a Rússia.