A declaração chega em meio às negociações para definir garantias de segurança para Kiev, que gostaria de contar com apoio militar dos Estados Unidos e da Europa.

Putin, que está em viagem à China, afirmou nesta quarta-feira que estaria disposto a receber Zelensky na capital da Rússia caso ele estivesse "pronto".

O evento para marcar os 80 anos da derrota do Japão no final da Segunda Guerra Mundial foi amplamente evitado pelos líderes ocidentais.

A China recebeu, ao longo dos últimos dias, mais de 20 líderes de países não ocidentais em um encontro de cúpula na cidade portuária chinesa de Tianjin para a Organização de Cooperação de Xangai (SCO).

Na madrugada de quinta-feira, um ataque russo na capital ucraniana matou ao menos 19 pessoas, incluindo adolescentes e uma criança de 2 anos.

Segundo o ucraniano, conversar diretamente com Putin seria a única forma de destravar as negociações.

O conselheiro presidencial russo Yuri Ushakov disse que Putin e seu colega norte-americano, Donald Trump, após a reunião no Alasca, expressaram apoio à continuidade das consultas diretas entre os dois países.

A reunião também incluiria o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e, de acordo com o líder ucraniano, pode acontecer na Áustria, na Suíça ou na Turquia.

O presidente dos EUA, por outro lado, admitiu que "é possível" que o chefe do Kremlin "não queira alcançar um acordo".

No ano passado, o governo suíço definiu novas regras sobre imunidade concedida a indivíduos com mandado de detenção internacional em aberto.

Pouco antes, Tajani havia defendido que o encontro entre Zelensky e Putin aconteça em Genebra, cidade com longo histórico de negociações de paz.

O líder russo e o mandatário norte-americano conversaram por mais de três horas, na tentativa de estruturar um acordo capaz de encerrar a guerra na Ucrânia, que já dura mais de três anos.

O presidente francês Emmanuel Macron, o primeiro-ministro britânico Keir Starmer e o chanceler alemão Friedrich Merz realizarão uma reunião neste domingo. 

O Primeiro-Ministro Robert Fico dá as boas-vindas à reunião em face da "estratégia fracassada" da Europa para enfraquecer a Rússia militarmente.

Os presidentes conversaram em reunião a portas fechadas. Trump estava acompanhado do chefe da diplomacia norte-americana, Marco Rubio, e do enviado especial Steve Witkoff, informou a Casa Branca.

Segundo o governo russo, a troca envolve apenas militares. Já o governo ucraniano diz que há civis entre os liberados.

O chefe de Estado russo ainda acrescentou: "Tais acordos servirão para criar condições a longo prazo para a paz entre nossos países [Rússia e Ucrânia], na Europa e no mundo todo".

Trump deve se encontrar nesta sexta-feira com o presidente russo, Vladimir Putin, no Alasca, para avançar nas negociações de paz e pôr fim à guerra na Ucrânia.

"O tão aguardado encontro entre mim e o presidente russo Vladimir Putin acontecerá na próxima sexta-feira, 15 de agosto, no Alasca. Mais detalhes em breve", escreveu o mandatário norte-americano.

O anúncio foi feito pelo conselheiro presidencial russo, Yuri Ushakov, no dia seguinte a uma reunião de quase três horas entre o chefe do Kremlin e o enviado especial norte-americano.