Rio de Janeiro, 28 de Junho de 2025

Polícia deflagra segunda fase de operação contra facção criminosa no Rio

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Quinta, 13 de Abril de 2023 às 10:18, por: CdB

O alvo desta etapa é sócio-proprietário de provedor de Internet ligado ao tráfico de drogas. Os agentes cumprem seis mandados de busca e apreensão em endereços na Barra da Tijuca e na Freguesia.


Por Redação, com ACS - de Rio de Janeiro


Policiais civis da 41ª DP (Tanque) realizaram, nesta quinta-feira, a segunda fase da "Operação Rainha" contra uma facção criminosa que atua em comunidades de Jacarepaguá, na Zona Oeste.




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Polícia Civil deflagra segunda fase de operação contra facção criminosa da Zona Oeste

O alvo desta etapa é sócio-proprietário de provedor de Internet ligado ao tráfico de drogas. Os agentes cumprem seis mandados de busca e apreensão em endereços na Barra da Tijuca e na Freguesia.


As investigações começaram em janeiro deste ano. Segundo apurado, uma empresa de provedor de sinal de internet, telefonia e de TV associou-se à facção para impedir que outras empresas que prestam o mesmo serviço atuem nesses locais, criando, assim, um monopólio.


De acordo com os agentes, os técnicos de empresas concorrentes são expulsos das comunidades pelos traficantes, sendo, inclusive, ameaçados com armas de fogo. Os criminosos também vandalizam as redes instaladas, cortando cabos e ateando fogo em equipamentos. Foram identificadas ações dessa natureza nas comunidades da Tirol e da Gardênia Azul.


Estima-se que a empresa tenha, somente nessas áreas, mais de 10 mil clientes, totalizando um faturamento bruto mensal de aproximadamente R$ 1 milhão.



Organização criminosa


A partir da ação deflagrada nesta quinta-feira, a equipe da 41ª DP busca identificar todos os envolvidos na organização criminosa, bem como levantar elementos que apontem para a relação da empresa com traficantes de outras comunidades.


Na primeira fase da "Operação Rainha", realizada no dia 5 de abril, dois homens foram presos. O alvo principal era um dos líderes desta facção, que atua em diversas regiões da capital. O grupo estaria por trás de invasões e conflitos recentes em Jacarepaguá.




Roubos de veículos e de cargas


O Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE), em mais uma etapa da Operação Torniquete para combater roubos de veículos e de cargas, ultrapassou a marca de 100 criminosos presos. A ação desta quinta-feira acontece nas comunidades do Corte 8, Mangueirinha, Sapo e Santuário, que compõem o Complexo da Mangueirinha, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Até o momento, 11 pessoas foram presas, incluindo um foragido da Justiça da Paraíba pelo crime de homicídio, e 18 veículos roubados foram recuperados.


A ação conta com agentes da Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA), Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC), Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e de outras unidades do DGPE.


A Operação Torniquete foi criada pelo Departamento-Geral de Polícia Especializada, em novembro de 2022, para coibir roubos de cargas e de veículos no Rio de Janeiro e diminuir os índices desses crimes.


Durante a ação desta quinta-feira, os agentes recuperaram cinco veículos nos fundos de uma creche municipal. Segundo as investigações, o local era utilizado por integrantes do Comando Vermelho (CV) como depósito de carros roubados.


Dentre os veículos recuperados até o momento, um deles foi roubado no dia 11 de março deste ano, em São João de Meriti, também na Baixada Fluminense. Na ocasião, os criminosos usaram um fuzil para cometer o crime. Outro carro localizado foi roubado no dia 21 do mesmo mês, em Duque de Caxias. Quatro criminosos assaltaram um casal e levaram o automóvel.


Houve também a apreensão de uma carga de aproximadamente 400 caixas de cerveja roubadas. O material é avaliado em cerca de R$ 100 mil.


De acordo com as investigações, as comunidades alvos da operação de hoje se tornaram bases operacionais do Comando Vermelho, fornecendo armamento, como fuzis, pistolas e granadas, para a prática de roubos de veículos e de cargas. Os crimes são cometidos em diversas áreas da capital do Rio de Janeiro e na Baixada Fluminense.


Ainda segundo os agentes, nessas comunidades ocorrem as seguintes atividades criminosas relacionadas aos roubos de veículos e de cargas:


Armazenamento, transbordo e revenda das cargas roubadas para receptadores;


Clonagem de veículos para posterior revenda ou troca por armas e drogas;


Desmanche de veículos para revenda de peças;


Uso dos veículos roubados pelas quadrilhas para deslocamento e cometimento de outros crimes;


Cativeiro de vítimas sequestradas para realização de transferências via PIX; entre outros.



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