Nova denominação abrange bairros da Barra a Grumari e reacende debate sobre fragmentação da cidade.
Por Redação, com Agenda do Poder – do Rio de Janeiro
O prefeito Eduardo Paes (PSD) sancionou a lei que cria oficialmente a Zona Sudoeste do Rio de Janeiro. A proposta, aprovada pela Câmara Municipal em segunda discussão no último dia 14, foi publicada no Diário Oficial desta terça-feira. Em seguida, uma lei complementar detalhou o mapa da nova região, que reúne bairros que vão da Barra da Tijuca a Grumari, passando por Jacarepaguá, Recreio, Praça Seca e Vila Valqueire.

De acordo com a Prefeitura, a criação da Zona Sudoeste não altera a estrutura administrativa do município. Os bairros já integram a Área de Planejamento 4 (AP-4), enquanto a chamada Zona Oeste, instituída em 2021, corresponde à Área de Planejamento 5 (AP-5), que inclui bairros como Campo Grande, Santa Cruz e Deodoro.
Discussão na Câmara
O projeto é de autoria do vereador Doutor Gilberto (SDD). Ele defendeu que a mudança tem caráter simbólico, sem gerar custos extras para a cidade. “Em 2021 um projeto criou a Zona Oeste, ficando de fora todos esses bairros citados para compor a Zona Sudoeste. O objetivo principal desse projeto é qualificar a expansão urbana e principalmente a distribuição espacial desses bairros”, afirmou em plenário.
Segundo o parlamentar, a medida não impacta o IPTU nem outras bases tributárias, funcionando como uma espécie de “nome fantasia” para a região, com o propósito de dar visibilidade às características urbanas e socioeconômicas da área.
A iniciativa, no entanto, não foi consenso entre os vereadores. Pedro Duarte (Novo) votou contra a proposta, argumentando que o novo recorte pode acentuar divisões internas na cidade.
Bairros incluídos
Segundo a lista oficial publicada pela prefeitura, a nova Zona Sudoeste será composta pelos seguintes bairros: Barra da Tijuca, Itanhangá, Joá, Recreio, Camorim, Vargem Pequena, Vargem Grande, Grumari, Jacarepaguá, Gardênia, Anil, Curicica, Cidade de Deus, Freguesia, Pechincha, Taquara, Tanque, Praça Seca, Vila Valqueire e Barra Olímpica.
A medida, de efeito prático limitado, reacende debates sobre identidade territorial, expansão urbana e integração das diferentes regiões da cidade.