A defesa do parlamentar alegou ao Supremo que o inquérito não poderia ter tramitado em primeira instância porque tinha o objetivo de investigar Arthur Lira.
11h38 - de Brasília
A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que anule toda a investigação da Polícia Federal (PF) sobre desvios na aquisição de kits de robótica por prefeituras de Alagoas, que envolveu o nome do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). A apuração é do colunista do portal de notícias UOL Aguirre Talento, nesta segunda-feira.

“Na manifestação sigilosa, a PGR argumentou que havia indícios da relação de Arthur Lira com os fatos investigados desde a fase inicial do inquérito. Por isso, opina a Procuradoria-Geral da República, a apuração deveria ter se iniciado perante o STF, e não na primeira instância. O pedido é assinado pela vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo”, escreveu o colunista.
Indícios
Ainda segundo o jornalista, “o posicionamento da PGR foi apresentado para fundamentar o julgamento de um recurso apresentado pela defesa de Lira no mês passado para tentar derrubar a investigação. Esse recurso paralisou a apuração por ordem do ministro Gilmar Mendes. O processo vai ser julgado no plenário virtual do Supremo a partir de sexta-feira”.
A defesa do parlamentar alegou ao Supremo que o inquérito não poderia ter tramitado em primeira instância porque tinha o objetivo de investigar Arthur Lira.
A PF, contudo, não investigou Lira enquanto o inquérito estava em primeira instância. O caso foi enviado ao Supremo em junho, somente após ter encontrado anotações de supostos pagamentos de despesas a Lira. Esses documentos seriam os primeiros indícios concretos surgidos contra o parlamentar. Antes disso, o inquérito não trazia menções a uma possível participação do deputado nos fatos.