Rio de Janeiro, 26 de Junho de 2025

Perícia aponta ausência de álcool e drogas no sangue de Maradona

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Quarta, 02 de Abril de 2025 às 14:50, por: CdB

O ex-jogador morreu em decorrência de um edema pulmonar provocado por uma insuficiência cardíaca, enquanto estava em internação domiciliar após uma neurocirurgia.

Por Redação, com ANSA – de Buenos Aires

O ex-craque argentino Diego Armando Maradona não tinha álcool nem “drogas de abuso” no sangue no momento de sua morte, em 25 de novembro de 2020.

Perícia aponta ausência de álcool e drogas no sangue de Maradona | Julgamento sobre morte do craque acontece na Argentina
Julgamento sobre morte do craque acontece na Argentina

A informação foi divulgada na terça-feira pelos peritos que realizaram a autópsia e as análises no corpo do ídolo do futebol argentino, durante a última audiência do julgamento.

– Nenhuma das quatro amostras revelou vestígios de álcool, cocaína, maconha, MDMA, ecstasy ou anfetamina – afirmou o bioquímico e perito forense Ezequiel Ventosi, responsável por analisar as amostras de sangue, urina, saliva de Maradona após o falecimento.

O ex-jogador morreu em decorrência de um edema pulmonar provocado por uma insuficiência cardíaca, enquanto estava em internação domiciliar após uma neurocirurgia.

Segundo os peritos, traços de cinco substâncias correspondentes a medicamentos antidepressivos, antiepilépticos, antipsicóticos e contra náuseas apareceram no sangue de Maradona durante o exame.

Já a patologista Silvana de Piero informou que o fígado de Maradona apresentou sinais compatíveis com cirrose, e foram encontrados sinais de insuficiência renal, cardíaca e pulmonar.

Médico pessoal

Durante o julgamento, também foi lido o depoimento do médico pessoal de Maradona, Alfredo Cahe, que atendeu o ex-jogador de 1978 a 2009 e morreu em 2024. As declarações em questão foram dadas em 2021.

No documento, Cahe relata que o argentino se recuperava da neurocirurgia na Clínica Olivos, mas tudo lhe pareceu “estranho” e o médico do local, Leopoldo Luque, não respondeu suas perguntas sobre o estado de saúde de Maradona.

Além disso, apontou negligência devido à falta de controle e de administração de medicação cardíaca e afirmou que Maradona deveria estar sob terapia intensiva com monitoramento constante e contínuo do coração. Para ele, a internação domiciliar “era o menos indicado”. “Com um acompanhamento e controle adequados, (a morte) era evitável”, garantiu no depoimento.

Ao todo, sete profissionais de saúde, médicos, enfermeiros, uma psiquiatra e um psicólogo, estão em julgamento sob a acusação de homicídio com dolo eventual, tendo em vista que estavam cientes de que suas atitudes poderiam provocar a morte do paciente.

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