Rio de Janeiro, 13 de Setembro de 2025

Perfis mantidos por militares, com notícias falsas, são retirados do ar

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Quinta, 07 de Abril de 2022 às 13:14, por: CdB

As informações aparecem no relatório trimestral que a empresa produz sobre ameaças na plataforma. Na atual edição do relatório, foram listados casos no Azerbaijão, na Rússia, na Ucrânia, no Irã, na Costa Rica e nas Filipinas. A rede brasileira aparece como um exemplo de “comportamento inautêntico coordenado”.

Por Redação - de São Paulo
Em anúncio público, nesta quinta-feira, o Facebook informa que derrubou uma rede de contas e perfis falsos que tentavam distorcer o debate público relacionado a questões ambientais, como o desmatamento da Amazônia. Segundo a Meta (holding do Facebook), oficiais do Exército Brasileiro eram responsáveis pela operação de desinformação, mas as suas identidades não foram reveladas pela rede social.
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Os perfis falsos banidos do Facebook pertenciam a militares que publicavam notícias falsas sobre o desmatamento na Amazônia
As informações aparecem no relatório trimestral que a empresa produz sobre ameaças na plataforma. Na atual edição do relatório, foram listados casos no Azerbaijão, na Rússia, na Ucrânia, no Irã, na Costa Rica e nas Filipinas. A rede brasileira aparece como um exemplo de “comportamento inautêntico coordenado”, termo da empresa que se refere a redes de perfis e páginas falsas usadas em esforço à manipulação do debate público.

Seguidores

Ao todo, foram derrubados 14 perfis falsos e nove páginas no Facebook, além de 39 contas no Instagram - parte desses perfis e páginas também estavam conectadas às páginas do Twitter. No Facebook, a rede somava 25 mil seguidores. — Não podemos compartilhar muitos detalhes de como nossa investigação chegou aos militares. Quanto mais compartilhamos, mais essas redes conseguem se esconder. Usamos sinais técnicos e comportamentais — disse Nathaniel Gleicher, chefe de política de segurança global do Facebook, ao diário conservador paulistano O Estado de S. Paulo (OESP). Antes de derrubar a rede, porém, o Facebook compartilhou suas informações com a Graphika, empresa de monitoramento de redes sociais — a ideia era ter um olhar terceiro além da pesquisa realizada pela companhia de Mark Zuckerberg. A Graphika publicou um relatório independente, no qual apurou mais detalhes sobre como conseguiu mapear os militares. Segundo o documento, dois oficiais do Exército estão por trás da rede — a empresa confirmou pelo Portal da Transparência, do governo federal, que, até dezembro de 2021, quando fez a checagem, ambos estavam na ativa. Procurado pela reportagem do Correio do Brasil, o Exercito Brasileiro ainda retornou com uma resposta.
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