Na última quarta-feira, o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), decretou a prisão do ex-diretor de logística do Ministério da Saúde, Roberto Dias, por considerar mentiras do depoente. Na avaliação de Rocha, a atitude mostra ao presidente da República que a comissão parlamentar tem autoridade.
Por Redação - de Brasília
Os senadores da CPI da Covid não se deixarão intimidar e investigarão as omissões e crimes do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), durante a pandemia de covid-19, apesar dos ataques diários que tem cometido, junto com integrantes das Forças Armadas. A opinião é do senador Paulo Rocha (PT-PA), para quem é necessário continuar as investigações e assegurar o Estado democrático e de Direito.
O senador Paulo Rocha (PT-PA) defende os trabalhos da CPI da Covid
Na última quarta-feira, o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), decretou a prisão do ex-diretor de logística do Ministério da Saúde, Roberto Dias, por considerar mentiras do depoente. Na avaliação de Rocha, a atitude mostra ao presidente da República que a comissão parlamentar tem autoridade.
— Após a tentativa do próprio Bolsonaro para desmoralizar a CPI da Covid, a investigação recupera sua autoridade para continuar os trabalhos. Por outro lado, isso também está chegando nos militares, que tiveram uma reação descabida. Portanto, a investigação deverá seguir com sua autoridade e não vai adiantar ameaças, seja do presidente da República ou das Forças Armadas, porque o Parlamento precisa continuar para assegurar a democracia — afirmou Rocha à agência brasileira de notícias Rede Brasil Atual (RBA).
Congresso
Em transmissões ao vivo pelas redes sociais, na última quinta-feira, sobre carta entregue pela cúpula da CPI ao Palácio do Planalto, o presidente usou termos chulos para responder os questionamentos. O senador petista acrescenta que o tom do presidente é de alguém preocupado com as investigações em curso.
— Estou no parlamento brasileiro desde 1991, participei das mais diversas CPIs. O Bolsonaro, que ficou 20 anos no Congresso, sabe que quando a investigação é esticada na Comissão, ainda mais com senadores experientes, mais as contradições ficam explícitas. Várias pessoas tentam negar seu papel, mas as contradições são encontradas — concluiu Rocha.