O governador busca, com esses gestos, consolidar-se como a opção bolsonarista nas eleições presidenciais de 2026, o que, para analistas, pode ser um movimento arriscado.
Por Redação – de São Paulo
A nova versão bolsonarista do governador paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos), tem gerado alertas de analistas sobre os riscos de uma crescente rejeição e do afastamento de eleitores insatisfeitos com a polarização política. Em recentes levantamentos realizados por institutos de pesquisa como DataFolha, Genial/Quaest e Ipsos-Ipec, uma tendência de insatisfação com temas como o ‘tarifaço’ imposto pelo governo dos Estados Unidos e o debate sobre a anistia a golpistas, já começa a aparecer no cenário político.

O governador busca, com esses gestos, consolidar-se como a opção bolsonarista nas eleições presidenciais de 2026, o que, para analistas, pode ser um movimento arriscado.
Contencioso
Embora o apoio de Jair Bolsonaro (PL) seja considerado essencial para Tarcísio, a estratégia do governador gera um distanciamento do centro político e amplia a polarização.
— Ele não precisava desse posicionamento para crescer no eleitorado da direita. Fez isso para crescer no coração da família Bolsonaro, mas acredito que errou na dose e abriu um contencioso político-institucional que não lhe é favorável — disse o diretor do Ipespe e cientista político, Antonio Lavareda, a jornalistas.
Recente pesquisa do Ipespe, Tarcísio foi identificado como o “principal representante da direita”, ficando atrás apenas de Bolsonaro, com 14% das intenções de voto, mais do que figuras como Romeu Zema (Novo), Ratinho Jr. (PSD) e Ronaldo Caiado (UB).
Lavareda, porém, acredita que o governador deveria “fazer um movimento mais ao centro” para ampliar sua base eleitoral, ao invés de se aprofundar na retórica extremista.