Israel anunciou um cerco total a Gaza na segunda-feira, bloqueando a entrada de alimentos, combustível e água no território costeiro e fechando todos os pontos de passagem após a violência promovida pelo Hamas.
Por Redação, com Reuters - de Gaza
O Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (PMA) alertou nesta quinta-feira que suprimentos essenciais estavam em um nível perigosamente baixo na Faixa de Gaza depois que Israel impôs um bloqueio total ao território na esteira de ataques mortais do Hamas.

– Estamos vendo uma situação terrível se desenrolar na Faixa de Gaza, com alimentos e água escassos e acabando rapidamente – disse Brian Lander, vice-chefe de emergências do PMA, com sede em Roma.
– O PAM está no local e está respondendo. Estamos fornecendo alimentos a milhares de pessoas que procuraram abrigo em escolas e em outros locais do território. Mas vamos ficar sem comida muito em breve – disse à Reuters TV.
Israel anunciou um cerco total a Gaza na segunda-feira, bloqueando a entrada de alimentos, combustível e água no território costeiro e fechando todos os pontos de passagem após a violência promovida pelo Hamas no fim de semana, que matou mais de 1,3 mil pessoas. Israel anunciou que não fará exceções humanitárias enquanto o Hamas mantiverem reféns israelenses.
A agência pede que Israel e Egito criem corredores seguros para que o PMA possa levar suprimentos para Gaza e garantir que o pessoal da ONU possa trabalhar com segurança na área.
– Vimos vários locais que são considerados humanitários, ou clínicas e escolas que foram atingidas pelos ataques. Por isso, mais uma vez, apelamos às partes no conflito para que cumpram as suas obrigações de acordo com o direito humanitário internacional – disse.
A agência da ONU responsável pelos refugiados palestinos (UNWRA) relatou que 11 de seus funcionários foram mortos no conflito até agora. "(É) uma tragédia terrível e realmente estendemos nossas condolências às suas famílias", disse Lander.
ONU
Em tempos normais, a agência da ONU fornece assistência alimentar direta a cerca de 350 mil palestinos mensalmente, além de oferecer ajuda a quase 1 milhão de pessoas em cooperação com outros parceiros humanitários através de transferências de dinheiro.
Em relatório de 2023, as agências da ONU estimaram que 58% dos residentes da Faixa de Gaza necessitavam de assistência humanitária, com 29% dos lares de Gaza vivendo em condições extremas ou catastróficas, em comparação a 10% em 2022.