Na Cidade de Gaza, uma dezena de pessoas foi morta pelas forças israelenses quando tentava atravessar o corredor Netzarim.

A decisão foi divulgada após o ministro das Finanças israelense, Bezalel Smotrich, ameaçar renunciar ao cargo a menos que medidas fossem tomadas para "impedir que os suprimentos sejam levados ao Hamas".

Em telefonema, chanceler federal alemão diz a premiê israelense que ajuda à população do território palestino é urgente. Críticas a Israel na UE são cada vez mais fortes.

Por Rui Martins - A ONU não conseguiu convencer o Hamas a devolver os reféns e nem pôde impedir Israel de bombardear e destruir a Faixa de Gaza com a morte de mais de 50 mil palestinos.

Quatro pessoas foram mortas e várias outras ficaram feridas em um bombardeio contra a casa da família Baraka em Bani Suhaila, a leste de Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza.

O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) afirma que o território palestino estava enfrentando a pior situação humanitária desde o início da guerra.

Funcionários da unidade de saúde foram avisados minutos antes do bombardeio. Segundo OMS, 33 dos 36 hospitais do território palestino já foram danificados no conflito.

Muitos agora têm que caminhar, às vezes por quilômetros, para conseguir um pequeno abastecimento de água.

O território palestino voltou a ser alvo de uma violenta ofensiva militar e de um novo bloqueio de ajuda humanitária.

A declaração chega três dias depois do fim do cessar-fogo no enclave palestino, com a retomada dos ataques aéreos e das operações por terra por parte de Israel.

Os EUA, segundo o governo de Israel, foram consultados antes da realização do novo ataque contra os palestinos.

Hamas, que governa a Faixa de Gaza desde 2007, denunciou que o ataque é uma ‘violação flagrante’ da trégua com Israel.

Tel Aviv insiste em proposta dos EUA de estender primeira fase do cessar fogo, enquanto o Hamas defende transição para a segunda fase, como previsto no acordo original. 

Desde o início da operação militar israelense em grande escala no território palestino, mais de 40 mil residentes dos campos de refugiados foram desalojados. Tel Aviv sinaliza mudança de curso para a região.

O magnata já disse que a região seria "entregue" aos EUA por Israel após a conclusão da guerra contra o Hamas, para se transformar em uma "Riviera no Oriente Médio".

Trump recebeu Netanyahu na terça-feira e afirmou que os palestinos devem "deixar Gaza para sempre e viver em paz em outros países". Segundo o presidente, os EUA assumirão o controle do enclave.

Testemunhas relataram que o equipamento tentava liberar um veículo preso nos escombros na área. O motorista morreu e outros civis presentes no local ficaram feridos.

Os primeiros caminhões com ajuda humanitária entraram em Gaza poucos minutos após o início do cessar-fogo, afirmou um responsável da Organização das Nações Unidas.

Israel anuncia início da trégua com o Hamas horas após o previsto, depois de receber lista de reféns. Ataques israelenses horas antes mataram quase 20 pessoas. Milhares de palestinos voltam para casa.

Ratificações ocorrem após atrasos que ameaçavam entrada em vigor do pacto com o Hamas. Acordo ainda precisará ser aprovado pelos demais ministros do governo israelense.