Rio de Janeiro, 03 de Julho de 2025

Em nova ação no TSE, Bolsonaro tem prazo definido para defesa

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Segunda, 22 de Agosto de 2022 às 10:35, por: CdB

Segundo relato, no livro a ser lançado no mês que vem, o empresário Paulo Marinho e o ex-ministro Gustavo Bebianno tiveram um diálogo no qual o então candidato a presidente já alertava para os perigos de sair preso se não fosse eleito para a Presidência da República.

Por Redação - do Rio de Janeiro
O comediante André Marinho, filho do empresário Paulo Marinho, revela inconsistências no caráter do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, no livro que será lançado no próximo dia 15 de setembro. ‘O Brasil (Não) É uma Piada’ é o título da obra que contará os bastidores e histórias inéditas da campanha presidencial de Jair Bolsonaro em 2018. Naquele ano, a casa de Marinho foi transformada em uma espécie de central da campanha bolsonarista. 
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O empresário Paulo Marinho forneceu detalhes sobre o possível vazamento de informações na PF
Paulo Marinho é o atual suplente do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), mas ambos romperam após uma série de desencontros. Segundo relato da jornalista Mônica Bergamo, colunista do diário conservador paulistano Folha de S. Paulo, Bolsonaro, Paulo Marinho e o ex-ministro Gustavo Bebianno tiveram um diálogo no qual o então candidato a presidente já alertava para os perigos de sair preso da Presidência da República. — Bolsonaro, notando que o seu projeto acidental estava cada vez mais próximo de se tornar um acidente com vítimas fatais, já adotava um tom de alinhamento de expectativas. Como se pensasse alto, disparou que ‘chegando lá, se não fizermos tudo certo, nós vamos sair presos’. O vaticínio esfriou o café dos três — relata André Marinho.

‘Maracutaias’

Ainda segundo o comunicador, começou a crescer a suspeita entre os assessores próximos de Bolsonaro para o risco de haver fatos não explicados no passado do então candidato. — Foi o primeiro indício que Bebianno e meu pai tiveram de que poderia haver caroço no angu de Bolsonaro, que, pouco tempo depois de eleito, teria seu longo rabo-preso exposto ao país por Flávio e suas maracutaias. Convenhamos: não fez nada certo — acrescenta. Em outro trecho do livro divulgado pela jornalista, André Marinho conta que coube a ele a tarefa de comunicar à primeira-dama, Michelle Bolsonaro, que o marido havia supostamente sofrido uma facada em Juiz de Fora (MG). — Numa cena que beirava o surrealismo, Michelle pegou nas minhas mãos, fechou os olhos e pediu que eu imitasse seu marido — contou. Constrangido, imitando a língua presa de Bolsonaro, ele falou: “Vai ficar tudo bem, Mi! Agora é confiar em Deus’. — Ela respirou um pouco mais aliviada e, por inusitado que tenha sido aquele momento, foi uma experiência forte para ambos — concluiu.
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