Rio de Janeiro, 17 de Junho de 2025

Moeda norte-americana amplia queda ante o real

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Sexta, 16 de Agosto de 2019 às 08:24, por: CdB

Para especialista, o real está se beneficiando de um movimento global de valorização das moedas emergentes em relação ao dólar

Por Redação, com Reuters - de São Paulo A moeda norte-americana ampliava perda contra o real nesta sexta-feira, um dia depois de registrar sua maior queda diária em um mês, indo abaixo da marca de R$ 4, em dia marcado por uma cena externa mais positiva para emergentes. Às 10:01, o dólar recuava 0,09%, a R$ 3,9868 na venda. Na véspera, o dólar caiu 1,24%, a R$ 3,9903.
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Às 10:01, o dólar recuava 0,09%, a R$ 3,9868 na venda. Na véspera, o dólar caiu 1,24%, a R$ 3,9903.
Segundo o estrategista de renda-fixa da Corretora Coinvalores Paulo Celso Nepomuceno, o real está se beneficiando de um movimento global de valorização das moedas emergentes em relação ao dólar, diante de um alívio iniciado no dia anterior com a melhora no tom da retórica comercial entre Estados Unidos e China. O índice do dólar, que compara a moeda norte-americana contra uma cesta de moedas, mostrava valorização de 0,15% nesta sexta-feira, a 98,290. Na cena interna, Nepomuceno destaca o cenário de avanço das pautas econômicas e afirma que isso ajuda a sustentar o tom positivo que vem de fora. - O avanço nas reformas está acontecendo, estamos vendo taxas de juros menores e a expectativa é que o segundo semestre seja melhor que o primeiro - disse. Após ser aprovada no início do mês em segundo turno na Câmara dos Deputados, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência está no Senado, onde terá primeiro de ser analisada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa para depois ir a plenário. Para ser aprovada, a proposta precisará 49 votos favoráveis de senadores em dois turnos. O Banco Central realiza nesta sessão leilão de até 11 mil contratos de swap cambial tradicional, correspondentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento outubro de 2019. Medida do Banco Central Na quinta-feira, uma medida do Banco Central brasileiro influenciou a queda da moeda norte-americana. O BC decidiu mudar sua forma de atuar no câmbio, mas ainda monitorando o exterior, onde prevalecia a aversão ao risco ligada a temores de uma recessão global. Esta será a primeira vez que o BC ofertará dólares das reservas sem compromisso de recompra desde fevereiro de 2009, conforme assessoria do BC. O BC não disponibiliza swaps reversos desde novembro de 2016. O BC informou que, de 21 a 29 de agosto, fará ofertas simultâneas de US$ 550 milhões à vista e de igual montante em contratos de swap cambial reverso. A atuação simultânea visa trocar, por dólar à vista, um total de US$ 3,8445 bilhões em swaps cambiais tradicionais que expiram em outubro e que ainda não foram rolados pelo Banco Central. A queda da Selic para mínimas recordes e a expectativa de que a taxa básica de juros atinja patamares ainda mais baixos até o fim do ano não são os únicos motivos para a mudança no “modus operandi” do BC na forma de atuar no câmbio, mas certamente estão entre os mais básicos para essa alteração no modelo de intervenção, que passará a privilegiar o mercado à vista. Ibovespa A bolsa paulista mostrava ganhos nos primeiros negócios desta sexta-feira, embalada pela melhora nos mercados no exterior, com as ações da JBS e da BRF entre as maiores altas do Ibovespa, que recuperava os 100 mil pontos. Às 10:18, o Ibovespa subia 0,98 %, a 100.031,85 pontos.
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