"Uma chapa para presidente depende de dois fatores: eu decidir ser candidato, o que farei entre fevereiro e março, e a ida do Alckmin para um partido que se alie com o PT. Eu, se voltar a governar esse país, é pra fazer mais do que eu fiz", disse Lula.
Por Redação - de São Paulo
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) espera que a negociação com o ex-tucano Geraldo Alckmin (sem partido) "dê certo" e ele possa integrar a chapa para a disputa das eleições presidenciais, em outubro deste ano. O petista elogiou o ex-governador paulista, na manhã desta quarta-feira, em entrevista a uma rádio
Alckmin é um nome cogitado para integrar a chapa do ex-presidente Lula à reeleição
— Espero que dê certo essa conversa, espero que o Alckmin escolha o partido político adequado, que faça aliança com o PT, espero que o PT compreenda a necessidade de se fazer aliança e espero que o povo brasileiro possa colher aquilo que tem como expectativa em uma possível volta do PT. Uma chapa para presidente depende de dois fatores: eu decidir ser candidato, o que farei entre fevereiro e março, e a ida do Alckmin para um partido que se alie com o PT. Eu, se voltar a governar esse país, é pra fazer mais do que eu fiz — disse Lula.
Desemprego
O líder petista fez, ainda, críticas ao trabalho do presidente Jair Bolsonaro (PL) e disse que o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello "deveria estar preso depois da CPI".
— O Bolsonaro não conseguiu um único (ministro) que significasse um cara interessado em cuidar do povo. O último dele, o Pazuello, é uma vergonha. Deveria estar preso depois da CPI, mas Bolsonaro fez um decreto dando sigilo de 100 anos para as loucuras e aberrações que Pazuello fez — acrescentou.
Outro tema abordado pelo petista foi a eleição para a nova composição da Câmara dos Deputados e do Senado.
— Nós precisamos eleger em 2022 um conjunto de deputados que tenham uma visão mais social e mais humanista do país. Não podemos ter um Congresso que transformou o presidente, um boquirroto que falou besteiras na campanha eleitoral, em refém. Eu digo para todo mundo que o problema não é ganhar as eleições, é ganhar e conseguir consertar o país. Porque o Brasil está muito mais desestruturado do que em 2003; a inflação está maior, o custo de vida, o desemprego e os prejuízos salariais estão muito maiores — resumiu o provável candidato à reeleição.