Rio de Janeiro, 25 de Junho de 2025

Lula critica juros altos e reafirma disposição de reduzi-los

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Quarta, 14 de Agosto de 2024 às 20:50, por: CdB

Lula também reconheceu que há divergência dentro do seu governo sobre gastos, mas que costuma provocar seus ministros indagando qual o custo de não fazer os investimentos necessários para o futuro.

Por Redação – de Brasília

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), voltou à carga nesta quarta-feira contra a taxa básica de juros. Baixá-la, segundo Lula, é uma “briga eterna”, após criticar quem vive de dividendos e afirmar que o que falta para o Brasil é a “circulação do dinheiro”.

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A alta na taxa básica de juros da economia brasileira repercute nas contas públicas

— Baixar o juro é uma briga eterna. Mas mesmo se o juro for zero, se o cara não tiver dinheiro, ele não vai consumir. O importante é a circulação do dinheiro — afirmou o presidente.

 

Investimentos

Lula também reconheceu que há divergência dentro do seu governo sobre gastos, mas que costuma provocar seus ministros indagando qual o custo de não fazer os investimentos necessários para o futuro.

— Mesmo agora no governo, quando a gente senta para discutir, você tem o pessoal preocupado que a gente não consiga gastar o dinheiro que precisa e as pessoas que sabem que precisa gastar. Os que não querem, também sabem que precisa gastar, mas tem responsabilidade em dizer para a sociedade que nós não temos tudo isso — acrescentou o presidente.

Nesta manhã, Lula participou da abertura do Fórum Um Projeto de Brasil, da revista Carta Capital, na sede da Confederação Nacional da Indústria, em Brasília. A taxa de juros e a atuação do Banco Central vem sendo alvo de críticas do presidente desde o início do atual governo.

Em seu pronunciamento, Lula atacou diversas vezes o presidente da instituição, Roberto Campos Neto, chamando-o o de “cidadão” e chegou a questionar se ele possui interesses próprios com uma taxa de juros elevada.

 

Mercosul

Lula também voltou a criticar a União Europeia (UE) pelos obstáculos para a conclusão do acordo comercial com o Mercosul. Afirmou que o Brasil e seus parceiros no bloco sul-americano fizeram a sua parte e que agora cabe aos europeus resolverem as suas pendências.

— Nós estamos prontos para firmar o acordo Mercosul-União Europeia. Agora depende da UE porque nós aqui já decidimos o que queremos, e já comunicamos eles. A União Europeia que se vire com a França que tem dificuldade com os produtos agrícolas brasileiros. Certamente, teria que disputar com nosso queijo de minas, nosso vinho do Rio Grande do Sul — encerrou o presidente.

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