Rio de Janeiro, 25 de Junho de 2025

Lula amplia multilateralismo contra políticas protecionistas

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Quarta, 26 de Fevereiro de 2025 às 20:06, por: CdB

A Presidência brasileira vai reforçar a vocação do bloco como espaço de diversidade e diálogo em prol de um “mundo multipolar e de relações menos assimétricas”, disse Lula.

Por Redação – de Brasília

Em pronunciamento no encontro dos negociadores dos países que integram o grupo BRICS, que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, entre outros, nesta quarta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aproveitou para aplaudir o multilateralismo e criticar o protecionismo, ao argumentar que o aumento das barreiras comerciais impõe a busca por alternativas.

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O chanceler Mauro Vieira e Lula conversam, durante o encontro dos sherpas

No discurso aos sherpas durante a presidência brasileira do BRICS, Lula também disse que grandes corporações não podem desestabilizar países com desinformação, e ponderou que o grupo de países tome para si a tarefa de colocar o Estado no centro de uma governança justa para Inteligência Artificial (IA).

— Estou convicto de que o BRICS seguirá sendo um motor de mudanças positivas para nossas nações e para o mundo — afirmou o líder brasileiro, no Palácio Itamaraty.

 

Multipolar

A Presidência brasileira vai reforçar a vocação do bloco como espaço de diversidade e diálogo em prol de um “mundo multipolar e de relações menos assimétricas”, disse.

— A presidência brasileira vai reforçar a vocação do bloco como espaço de diversidade e diálogo em prol de um mundo multipolar e de relações menos assimétricas. Esses objetivos guiarão o nosso trabalho ao longo deste ano — afirmou o presidente.

Segundo o presidente, “neste momento de crise, nossa responsabilidade histórica é buscar soluções construtivas e equilibradas”.

— O BRICS também continuará a ser peça-chave para que os ideais da Agenda 2030, do Acordo de Paris e do Pacto para o Futuro possam ser cumpridos — acrescentou Lula.

 

Cúpula

Esta é a primeira vez que o BRICS se reúne no Brasil em seu formato ampliado, com países-membros e parceiros.

— É uma satisfação receber a Indonésia como mais recente membro pleno e a todos os demais membros e parceiros — pontuou.

Enviados dos chefes de Estado ou de governo dos integrantes do BRICS, os sherpas têm a responsabilidade de conduzir as discussões que vão culminar na Cúpula de Líderes, agendada para 6 e 7 de julho, no Rio de Janeiro. Além dos representantes de países-membros do BRICS (Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã), o encontro na capital brasileira contou com a presença de embaixadores de países parceiros do bloco, casos de Belarus, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda e Uzbequistão.

 

Desafios

Ao longo de seu discurso, Lula listou os eixos prioritários de discussão durante a presidência brasileira no BRICS. Entre eles, a reforma da arquitetura multilateral de paz e segurança, com reforma das Nações Unidas, inclusive do Conselho de Segurança e a parceria para eliminação de doenças socialmente determinadas e doenças tropicais negligenciadas.

Ainda entre os pilares do debate, somam-se a contribuição para aprimoramento do sistema monetário e financeiro internacional; a atenção aos efeitos da crise climática no planeta; a discussão sobre o papel da IA e seus desafios éticos, sociais e econômicos; e o aumento da institucionalidade do BRICS, para garantir mais eficiência nas decisões e ações com maior impacto global possível.

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