Com palavras de ordem contra o racismo e contra a precarização de direitos trabalhistas que atinge a população mais jovem no Brasil, cerca de 100 integrantes do movimento popular interditaram por 15 minutos a avenida da praia da Barra da Tijuca e atearam fogo em pneus.
Por Redação, com Brasil de Fato - do Rio de Janeiro
O Levante Popular da Juventude realizou um protesto no início da manhã desta quinta-feira para pedir justiça por Moïse Kabamgabe, de 24 anos, congolês morto no último dia 24 após ser espancado por três homens. A ação ocorreu em frente aos quiosques Biruta e Tropicália, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.Precarização trabalhista
A Polícia Civil intimou para depor nesta quinta-feira o policial militar Alauir Mattos de Faria. Ele é apontado por dois dos agressores como dono do quiosque Biruta, onde Moïse trabalhou. Segundo Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca, o policial não estava no local no momento do crime. Além de Alesson, Brendon Alexander Luz da Silva e Fábio Pirineus da Silva foram presos na última segunda-feira. O procurador da comissão de direitos humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/RJ), Rodrigo Mondego, que acompanha o caso, afirmou na última terça-feira que existe uma tentativa de justificar a morte de Moïse por ele estar supostamente alcoolizado, segundo os agressores, mas o que deve ser destacado, segundo o advogado, é a relação trabalhista precária do quiosque com o congolês. O Ministério Público do Trabalho no Rio de Janeiro (MPT-RJ) informou que instaurou Inquérito Civil para analisar a relação trabalhista entre as partes. A denúncia aponta para o possível trabalho sem o reconhecimento de direitos trabalhistas, podendo configurar, inclusive, trabalho em condições análogas à de escravo, na modalidade trabalho forçado, de xenofobia e de racismo. O Inquérito Civil corre em paralelo com as investigações criminais pelos demais órgãos competentes.Investigação
A Polícia Civil investiga se haveria mandantes por trás do crime, que foi registrado por câmeras de vigilância do quiosque Tropicália, que fica ao lado do local onde Moïse trabalhava. O congolês chegou a trabalhar no Tropicália, mas recentemente ele prestou serviço ao Biruta e foi lá o local onde ele esteve para cobrar a dívida. A polícia informou que o dono do Tropicália não tem nenhuma relação com a morte e colaborou cedendo as imagens de vídeo à investigação. Lista de instituições que estarão presentes no ato de denúncia do assassinato de Moïse, neste sábado, às 10h, em frente ao quiosque Tropicália na Barra da Tijuca.1. ABI - Associação Brasileira de Imprensa
2. Advocacia Decolonial
3. Advocacia Preta Carioca
4. Afoxé Filhas de Gandhy RJ
5. Afrikanos no Mundo
6. Afronte! Negro (RJ)
7. Agbara Dudu
8. AMEINU Brasil - Diversidade Religiosa, Cidadania e Direitos Humanos
9. ANAN
10. Anistia Internacional Brasil
11. Apadrinhe um Sorriso
12. ASPECAB/CENIERJ
13. Associação Afro Inter Connections
14. associação cultural EGBE ILE ASE OLOYA TORUN
15. Associação Sementes da Democracia
16. Baque Mulher
17. casa de caridade seara de boiadeiro
18. Casa Fluminense
19. Catedra Sérgio Vieira de Mello - UERJ
20. Catedra Sérgio Vieira de Mello da PUC-Rio/ACNUR
21. CC Claudia Maria (URI)
22. CEAP
23. CEDINE
24. Centro Brasil de Saúde Global
25. Centro de Teatro do Oprimido Grupo Cultural Afrolaje
26. CETRAB- NACIONAL
27. CETRAB-RJ
28. Coalizão Negra por Direitos
29. Coletividade Preta
30. Coletivo Afrodivas de Niterói - Brasileiras & Cia
31. Coletivo de mães da maré
32. Coletivo Estrela - Portugal
33. Coletivo Madalena Anastácia
34. Coletivo MUANES Dançateatro
35. Coletivo Negro Aquilombar/UNIRIO
36. Coletivo Nuvem Negra
37. Coletivo Siyanda de Cinema Negro
38. Coletivona
39. Colymar
40. COMDEDINE
41. Conselho Regional de Psicologia RJ
42. CUT Rio/Secretaria de Combate ao Racismo
43. Denegrir
44. Diocese Anglicana do Rio de Janeiro
45. ECOWAS Brazil Chamber of Commerce
46. Educafro
47. ENAFRO
48. Espaço Cultural África-Brasil e Artes- ECABA
49. FAMNIT - Federação das Associações de Moradores de Niterói
50. Favelas na Luta Associação de Moradores da Chacara e Arroz
51. FJUNN
52. Flisgo
53. Fórum de Mulheres Negras RJ
54. Fórum de Pré-Vestibulares Populares do Rio de Janeiro (FPVP-RJ)
55. Frente Ampla Suburbana
56. Frente Favela Brasil
57. Frente Nacional Antirracista
58. Frente Quilombola RS
59. GRES G15
60. Grupo Acesso Cultural SG
61. Grupo Capoeira Angola Ngoma
62. Grupo Cor do Brasil
63. Grupo de estudos Muniz Sodré sobre sobre Relações Raciais
64. IANB/Instituto da Advocacia Negra Brasileira
65. Ilé àṣẹ Èṣù Àti Ogun
66. INAMUR / Instituto Nacional de Mulheres Redesignadas
67. INCub-Portugal
68. Instituto Justiça Negra Luíz Gama
69. Instituto Move o Mundo - Empreendorismo Social
70. Instituto Niemeyer
71. Instituto Pensamentos e Ações para Defesa da Democrática - IPAD
72. Instituto Sociocultural Brasil Chama África
73. IPCN
74. Jornalistas Pretos
75. Judeus e Judias pela Democracia SP
76. Levante Feminista
77. LGBT+Movimento
78. Magdas Migram
79. MISSAO ROCINHA
80. MNE/Movimento Negro Evangélico
81. MNU RJ
82. mojuba Urab Maricá
83. Movimenta Caxias
84. Movimento Federalista Pan Africano
85. movimento muleques
86. Movimento Parem de Nos Matar!
87. Movimento Popular de Favelas
88. Movimento Pretah Dance
89. MUHCAB
90. NENRI
91. Observatorio Judaico dos Direitos Humanos no Brasil
92. OIM/Agência da ONU para Migrações
93. perifaConnection
94. Portal Favelas
95. Projeto BAMBUZAL
96. PUD/Psicanalistas Pela Democracia
97. Quilombo Allee/Berlim
98. Quilombo Cultural Urbano Casa do Nando
99. RAICO - Rede Afro de Influenciadores e Comunicação
100. Raízes 88
101. REAFRO
102. Rede de Comunidade e Movimentos Contra a Violência
103. Rede Jubileu Sul
104. Representação da ONU
105. Roda de Samba Luz D'Samba 111 - Bloco Carnavalesco Mameluco
106. Rosa Miranda Afro Verdes RJ PV
107. Secretaria Nacional de Direitos Humanos
108. SEPE/Lagos
109. Setorial de Favelas Marielle Franco PSOL/ RJ
110. SINDSPREV/RJ
111. Terreiro da Liberdade
112. UBM
113. Uneafro Brasil RJ
114. UNEGRO RJ
115. Youth for human rights Portugal