Quinta, 10 de Fevereiro de 2022 às 12:25, por: CdB
A maioria dos deputados federais socialistas é a favor da federação com o PT, assim como dois dos três governadores da legenda (Paulo Câmara e Flávio Dino). Já o ex-governador de São Paulo Márcio França, o prefeito de Recife, João Campos, e o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, não concordam com alguns termos colocados nas negociações.
Por Redação - de Brasília
Liberados após a decisão positiva do Supremo Tribunal Federal (STF) às federações partidárias, na noite passada, os partidos PT, PSB, PV e PCdoB voltaram a se reunir nesta quinta-feira, para examinar o novo texto legal. O encontro também serviu para fazer avançar nos entendimentos e nas soluções para as divergências entre o PT e o PSB, em torno da designação do candidato ao governo de São Paulo e a divisão dos postos de comando na federação a ser formada entre os quatro partidos.
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Em São Paulo, o PSB não abre mão da candidatura do ex-governador Márcio França, enquanto o PT está decidido a lançar a candidatura do ex-prefeito Fernando Haddad, em posição vantajosa nas pesquisas. O PSB vive uma divisão interna sobre a aprovação da federação.
A maioria dos deputados federais socialistas é a favor, assim como dois dos três governadores da legenda (Paulo Câmara e Flávio Dino). Já o ex-governador de São Paulo Márcio França, o prefeito de Recife, João Campos, e o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, não concordam com alguns termos colocados nas negociações.
Novo prazo
No fim da tarde passada, o STF decidiu, por 10 a 1, pela legalidade e constitucionalidade das federações partidárias. Os ministros Luís Roberto Barroso (relator), Gilmar Mendes, André Mendonça, Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Rosa Weber, Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski e Luiz Fux votaram a favor da união entre legendas, de acordo com a legislação atual.
Nunes Marques foi a voz solitária e derrotada durante o julgamento, contra as federações. Os ministros definiram também que o prazo para a formação dessa nova modalidade de união será 31 de maio. Barroso, que já havia concedido liminar favorável à formação das federações, reafirmou sua posição. O julgamento havia sido interrompido na semana passada.