O pedido é feito após mais de 100 organizações humanitárias denunciarem que uma “fome em massa” está se espalhando no enclave palestino e que seus funcionários também estão sofrendo.
Por Redação, com ANSA – de Gaza
As agências francesa e norte- americana de notícias Agence France-Presse, Associated Press AFP, AP e agência inglesa Reuters, juntamente com a emissora britânica BBC, fizeram um apelo nesta quinta-feira para que Israel “permita que jornalistas entrem e saiam” da Faixa de Gaza, palco de uma guerra há quase dois anos.

“Jornalistas enfrentam muitas dificuldades em uma zona de guerra. Estamos profundamente preocupados que a fome agora ameace sua sobrevivência”, declararam a francesa Agence France-Presse, a norte-americana Associated Press, a Reuteres e a BBC News em comunicado conjunto.
O pedido é feito após mais de 100 organizações humanitárias denunciarem que uma “fome em massa” está se espalhando no enclave palestino e que seus funcionários também estão sofrendo severamente com a escassez de alimentos.
Ao todo, 111 signatários, incluindo Médicos Sem Fronteiras (MSF), Save the Children e Oxfam, alertaram que, “enquanto o cerco do governo israelense mata de fome a população de Gaza, os trabalhadores humanitários estão se juntando às mesmas filas de alimentos, correndo o risco de serem alvos, apenas para alimentar suas famílias”.
Hoje, o Cogat, órgão governamental israelense, anunciou que 70 caminhões de ajuda humanitária, contendo principalmente alimentos, foram transferidos para a Faixa de Gaza na quarta-feira.
Faixa de Gaza
Alguns veículos foram para o sul do enclave palestino através da travessia de Kerem Shalom e outros para a parte norte da Faixa de Gaza por meio da passagem de Zikim.
Segundo publicação do The Times of Israel, citando o Cogat, a ajuda foi entregue após rigorosas inspeções de segurança.
O órgão governamental de Israel destacou que, ao contrário das críticas da Organização das Nações Unidas (ONU) e de outras instituições humanitárias, não houve nenhuma interrupção na entrega de ajuda à Faixa de Gaza nos últimos dias.
Além disso, garantiu que o envio de suprimentos continuará, “embora com eficácia reduzida” e lembrou que já coordenou mais de 150 caminhões no lado de Gaza e outros 800 ainda aguardam para atravessar as passagens de Kerem Shalom e Zikim.