Caças israelenses bombardearam edifícios e tendas de pessoas deslocadas em vários bairros da Cidade de Gaza.
Por Redação, com Lusa – de Gaza
Ao menos 19 pessoas morreram nesta sexta-feira devido a ataques aéreos israelenses na Faixa de Gaza, informou a Defesa Civil do enclave.

Caças israelenses bombardearam edifícios e tendas de pessoas deslocadas em vários bairros da Cidade de Gaza e nos arredores, acrescentou a Defesa Civil palestina, em comunicado enviado à agência francesa de notícias de France-Presse (AFP).
A organização de primeiros socorros, que opera sob a autoridade do grupo islâmico palestino Hamas, registou 19 mortos e pelo menos 10 feridos nos bombardeios.
Devido às restrições à imprensa em Gaza e o difícil acesso em terra, a AFP não pôde confirmar, de forma independente, o número de mortos fornecidos pela Defesa Civil.
Procurado pela AFP, o Exército israelense disse que não podia comentar os ataques sem coordenadas precisas.
Na quinta-feira, o porta-voz do Exército de Israel, Effie Defrin, afirmou que as tropas israelenses controlavam 40% da Cidade de Gaza. As autoridades anunciaram a intenção de conquistar toda a cidade, no norte do território.
Outro porta-voz do Exército de Israel, Nadav Shoshani, disse que o início da operação não seria anunciado para “manter o elemento-surpresa”. Na quarta-feira, um representante militar afirmou que Israel esperava que 1 milhão de pessoas se deslocassem para o sul.
ONU
A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que quase 1 milhão de pessoas vivam na Cidade de Gaza e arredores, região que vive situação de fome, como declarado pela ONU. Israel nega a existência de fome em Gaza.
A ofensiva israelense no enclave foi desencadeada após os ataques do Hamas contra Israel, em 7 de outubro de 2023, nos quais morreram 1,2 mil israelenses e 251 pessoas foram feitas reféns, de acordo com dados oficiais.
Na Faixa de Gaza morreram mais de 64 mil pessoas, de acordo com dados do Ministério da Saúde do Hamas, no poder no enclave desde 2007, considerados confiáveis pela ONU.