A transmissão em que Bolsonaro volta a atacar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na semana passada, pegou de surpresa a equipe jurídica, liderada pelo advogado Celso Vilardi. A difusão foi organizada pelo filho dele, o ’03’.
Por Redação – de Brasília
Assessores próximos ao ex-mandatário neofascista Jair Bolsonaro (PL) têm buscado o alinhamento ao entorno do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na tentativa de obter uma base de apoio internacional contra a possível condenação no Supremo Tribunal Federal (STF), nas ações em curso. O movimento, no entanto, tem gerado divergências profundas na defesa do ex-presidente, segundo apurou a mídia conservadora.
A transmissão em que Bolsonaro volta a atacar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na semana passada, pegou de surpresa a equipe jurídica, liderada pelo advogado Celso Vilardi. A difusão foi organizada pelo filho dele, o ’03’, como é conhecido o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
O parlamentar tem mantido contato estreito com norte-americanos, e a expectativa é de que, dependendo do tom da denúncia contra o pai dele, isso possa provocar uma reação de Trump. Na transmissão, Bolsonaro fez acusações infundadas de que o TSE teria recebido recursos do exterior para incentivar jovens de 16 anos a buscar o título de eleitor.
Narrativa
O discurso segue a linha do bilionário Elon Musk, dono da rede social X e assessor de Trump, que tem promovido uma narrativa similar nas redes sociais, alegando que a USAID — agência norte-americana que atua em países em desenvolvimento — teria financiado campanhas eleitorais em diversas nações.
Enquanto aguarda o pronunciamento da Procuradoria-Geral da República (PGR), Bolsonaro deve permanecer em Brasília durante a semana para alinhar sua defesa.
A denúncia deve sustentar que Bolsonaro foi o “cabeça” da organização que tentou dar um golpe de Estado.