Rio de Janeiro, 16 de Junho de 2025

FMI alerta para aumento das tensões no mundo pós-pandemia

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Quinta, 25 de Junho de 2020 às 11:29, por: CdB

O alerta veio apenas um dia após o FMI reduzir ainda mais suas previsões econômicas globais para 2020. Uma correção pode ser provocada por uma recessão mais profunda e mais longa do que a prevista atualmente, uma segunda onda do vírus ou a retomada das medidas de contenção da doença.

Por Redação, com Reuters - de Washington

Os mercados acionários e outros ativos de risco podem sofrer uma segunda quebra se a disseminação do coronavírus se ampliar, se as paralisações forem retomadas ou se as tensões comerciais aumentarem novamente, alertou o Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta quinta-feira.

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O FMI expôs, em relatório, os riscos de novas tensões mundiais, uma vez ultrapassado o primeiro ciclo da atual pandemia

Os mercados de ações caíram em território baixista em tempo recorde no início deste ano, quando o vírus e os bloqueios relacionados à doença abalaram o sentimento dos investidores, mas já se recuperaram amplamente em relação a sua mínima de 23 de março.

O S&P, que caiu 34% em apenas 23 dias de negociação, foi impulsionado por estímulos de bancos centrais e agora está cerca de 10% abaixo de sua máxima recorde. As ações, no entanto, despencaram na quarta-feira com o aumento de infecções em vários Estados norte-americanos.

Previsões

“Surgiu uma desconexão entre o otimismo do mercado financeiro e a evolução da economia global”, afirmou o FMI em sua Atualização de Estabilidade Financeira Global. A desconexão “aumenta o risco de outra correção nos preços dos ativos de risco”, acrescentou o Fundo, ao afirmar também que as valorizações em muitos mercados de ações e títulos corporativos parecem “alongadas”.

O alerta veio apenas um dia após o FMI reduzir ainda mais suas previsões econômicas globais para 2020. Uma correção pode ser provocada por uma recessão mais profunda e mais longa do que a prevista atualmente, uma segunda onda do vírus, a retomada das medidas de contenção da doença ou um ressurgimento das tensões comerciais, disse o FMI.

Um aumento da agitação social global em resposta à desigualdade econômica também pode prejudicar o sentimento dos investidores, disse o FMI. O FMI também apontou os riscos da dívida corporativa agregada em níveis historicamente altos em relação ao PIB e do aumento da dívida das famílias.

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