As projeções para a inflação, por sua vez, voltaram a subir, segundo os números divulgados nesta manhã pela Secretaria de Política Econômica (a SPE) do ministério, que atualizam as projeções da pasta feitas anteriormente em novembro de 2020.
Por Redação - de Brasília
Embora o Ministério da Economia tenha mantido a projeção de crescimento para o Produto Interno Bruto (PIB) em 3,2% em 2021, a realidade com a qual o país tem lidado é muito diferente. A soma dos bens e serviços produzidos no país acumulada no trimestre encerrado em janeiro deste ano caiu 0,3% na comparação com o trimestre encerrado em janeiro de 2020. O dado é do Monitor do PIB, divulgado nesta quarta-feira, pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
As projeções para a inflação, por sua vez, voltaram a subir, segundo os números divulgados nesta manhã pela Secretaria de Política Econômica (a SPE) do ministério, que atualizam as projeções da pasta feitas anteriormente em novembro de 2020.
Prontos para mudar o rumo das projeções do PIB para este ano, os técnicos da FGV afirmam que a projeção para o PIB foi mantida devido a incertezas provocadas pela pandemia, que demandam conservadorismo nos cálculos, e por influência de indicadores vistos como positivos no primeiro bimestre.
Poupança
Para Waldery Rodrigues, secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, houve cautela nas contas em meio ao cenário da covid-19. Ele deixou em aberto a possibilidade de modificações das projeções nos próximos meses tendo em vista o avanço da pandemia.
— Sem dúvidas, medidas de lockdown têm efeitos diretos sobre a economia — afirmou, a jornalistas.
Consumo
Sob outro ponto de vista, Rodrigues acredita que fatos novos, como a liberação do auxílio emergencial em 2021, poderão contribuir para uma outra realidade.
— Uma reação maior da economia com o auxílio emergencial deve ocorrer. Ele tem uma função de proteger os mais vulneráveis e manter a dinâmica econômica, em particular no mercado de trabalho — acrescentou.
O fato, no entanto, é que o PIB recuou 0,8% no mês de janeiro, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Na comparação do trimestre findo em janeiro deste ano com o trimestre encerrado em janeiro do ano passado, o consumo das famílias sofreu uma queda forte, de 2,9%. As exportações recuaram 2,5%, ao mesmo tempo que as importações tiveram alta de 5,5%.