Segunda, 16 de Setembro de 2019 às 09:21, por: CdB
Os preços do petróleo subiram quase 20% na máxima desta segunda, após um ataque a instalações de refino na Arábia Saudita que cortou mais de 5% da oferta global do óleo.
Por Redação, com Reuters - de São Paulo
O dólar subia ante o real nos primeiros negócios desta segunda-feira, num dia de cautela nos mercados externos em meio à disparada nos preços do petróleo, após ataques a instalações na Arábia Saudita, e a dados chineses que fortaleceram temores sobre a desaceleração na segunda maior economia do mundo.
Às 9h14, o dólar à vista tinha alta de 0,14%, a R$ 4,0924 na venda. Na B3, o dólar futuro de maior liquidez ganhava 0,17%, a R$ 3,0945.
Às 9h14, o dólar à vista tinha alta de 0,14%, a R$ 4,0924 na venda. Na B3, o dólar futuro de maior liquidez ganhava 0,17%, a R$ 3,0945.
Os preços do petróleo subiram quase 20% na máxima desta segunda, após um ataque a instalações de refino na Arábia Saudita que cortou mais de 5% da oferta global do óleo.
As tensões se intensificaram depois que o presidente norte-americano, Donald Trump, disse que os Estados Unidos estão preparados para uma possível resposta ao ataque, após uma importante autoridade do governo dos EUA apontar o Irã como responsável.
Para Jefferson Laatus, sócio e fundador do Grupo Laatus, o mercado ainda está tentando entender o que aconteceu e, diante de toda cautela em torno da situação, é esperada volatilidade ao longo da sessão.
- Há um grande sentimento de incerteza atrelado à questão. Os investidores estão na dúvida se buscam por proteção ou não e isso é o que está direcionando o mercado hoje - disse.
As moedas de importadores de petróleo, como Turquia e Índia, se enfraqueciam. Contra uma cesta de moedas, o dólar subia 0,32%, a 98,574.
Ibovespa
A bolsa paulista mostrava fraqueza nos primeiros negócios desta segunda-feira, em sessão marcada pelo vencimento de opções sobre ações e tendo de pano de fundo dados fracos da indústria chinesa e a escalada dos preços do petróleo no exterior. Às 10:14, o Ibovespa caía 0,24%, a 103.255,79 pontos.
Wall Street
Os índices acionários de Wall Street caíam nesta-segunda-feira, depois que ataques a instalações de petróleo bruto da Arábia Saudita no fim de semana bloquearam 5% da oferta mundial da commodity, o que se somava a preocupações acerca do crescimento global, enquanto o enfraquecido setor de energia saltava após os contratos do petróleo dispararem mais de 10%.
Às 11:36 (horário de Brasília), o índice Dow Jones caía 0,51%, a 27.079 pontos, enquanto o S&P 500 perdia 0,277649%, a 2.999 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq recuava 0,25%, a 8.156 pontos.
O ataque à maior exportadora de petróleo do mundo fez os preços da commodity saltarem até 20%, antes de os contratos diminuírem as altas depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, autorizou o uso do estoque emergenciais de petróleo do país para garantir suprimentos estáveis.
O índice S&P 500 para o setor de energia, um dos setores com pior desempenho neste ano, avançava 3,18%, seu melhor dia desde 4 de janeiro.
Pelo menos 14 das maiores altas do S&P 500 eram ações do segmento de energia. Os papéis de Marathon Oil e Devon Energy subiam mais de 8% cada um, liderando os ganhos.
As interrupções no fornecimento devem aumentar a procura pelas ações de energia dos EUA, que têm ficado significativamente para trás em relação ao mercado geral, escreveram analistas do JPMorgan em nota.
Enquanto isso, a previsão de custos mais altos de combustível pesava sobre as ações de companhias aéreas e de operadores de cruzeiros. American Airlines, Delta Air Lines e Carnival recuavam entre 2% e 5%.
Dez dos principais setores do S&P operavam em queda, com as ações de tecnologia exercendo a maior pressão negativa sobre o índice.
O foco desta semana é a decisão de política monetária do Federal Reserve, na quarta-feira, onde é esperado que o banco central promova o segundo corte de taxa de juros neste ano, de 0,25 ponto-base.
Pistas sobre se o Fed continuará flexibilizando sua política monetária serão cruciais para determinar quanto tempo durará o forte rali de Wall Street.