A atuação do secretário-executivo do ministério, segundo em comando, Ricardo Cappelli durante a tentativa frustrada de golpe no 8 de Janeiro, segundo apurou a reportagem do Correio do Brasil nesta segunda-feira, tem sido um poderoso aditivo nas chances de ele assumir o lugar de Flávio Dino.
Por Redação - de Brasília
Nome forte do governo para a indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, estuda quem será o seu sucessor na pasta, preparando-se para uma eventual nomeação para a vaga da ministra Rosa Weber, que se aposenta da Corte Suprema nos próximos dias.

A atuação do secretário-executivo do ministério, segundo em comando, Ricardo Cappelli durante a tentativa frustrada de golpe no 8 de Janeiro, segundo apurou a reportagem do Correio do Brasil nesta segunda-feira, tem sido um poderoso aditivo nas chances de ele assumir o lugar de Flávio Dino. O secretário de Justiça, Augusto Arruda Botelho, que já mostrou seu interesse em ocupar o posto com uma eventual nomeação do titular para o STF, é outro nome a ser avaliado.
Uma barragem de fogo interno promovido por setores do PT, no entanto, tem como alvo a presença do PSB no comando da autarquia. Segundo apurou a mídia conservadora, o Ministério não seria da cota socialista, e sim do próprio presidente. Entre as opções que agradam aos petistas estão o advogado-geral da União, Jorge Messias, ou um nome ligado diretamente ao partido, como o advogado e coordenador do grupo “Prerrogativas”, Marco Aurélio Carvalho.
Apoio pesado
A candidatura de Flávio Dino à vaga de Rosa Weber no STF ganhou mais peso, nos últimos dias, com o apoio declarado, nos bastidores, do ministro da Corte Alexandre de Moraes e do vice-presidente da República e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin. Conforme apurou o CdB, eles têm conversado mais amiúde, nos últimos dias.
Alckmin teria realçado para Flávio Dino a importância de divulgar melhor o serviço que vem prestando, no comando do ministério, o que o teria levado a uma resposta aos disparos realizados na trincheira do governo por aliados petistas, nos últimos dias. Dino compartilhou, nesta segunda-feira, uma série de dados sobre a quantia repassada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública aos Estados, ao longo deste ano.
Na rede X, antigo Twitter, o ministro disse ter repassado às unidades federativas R$ 504 milhões do Fundo Nacional de Segurança Pública; R$ 71 milhões do Programa Escola Segura; R$ 294 milhões em convênios e emendas; além de R$ 213 milhões em viaturas e equipamentos.
“O presidente Lula orientou a implementar o máximo de programas para apoiar a Segurança Pública e implantar o SUSP (Sistema Único de Segurança Pública)”, resumiu Flávio Dino.