O tiroteio interrompeu o funcionamento do ramal Belford Roxo da SuperVia nesta quinta-feira e sete escolas da região.
Por Redação, com Agenda do Poder – do Rio de Janeiro
Horas depois do saque a um caminhão carregado com carne no Complexo da Pedreira, em Costa Barros, na Zona Norte do Rio, traficantes do Terceiro Comando Puro (TCP) atacaram um blindado da PM, assustando moradores da região.
O tiroteio interrompeu o funcionamento do ramal Belford Roxo da SuperVia nesta quinta-feira e sete escolas da região.
Bandidos do TCP atiraram em um caveirão no Conjunto Bairro 13, em Barros Filho, bairro vizinho à Costa Barros. A corporação informou que os agentes não revidaram e deixaram o local. Ninguém ficou ferido.
O tiroteio afetou o sistema de rede aérea de trens da SuperVia. Segundo a concessionária, passageiros trocaram de composição na estação Mercadão de Madureira para seguir viagem até os terminais e o ramal Belford Roxo opera com intervalo de 60 minutos.
Na sequência, policiais do 41º BPM (Irajá) com apoio do Batalhão de Ações com Cães (BAC) seguiram para as comunidades da Pedreira e Acari. Conforme a polícia, o objetivo da ação é reprimir disputas territoriais e roubos de cargas e de veículos.
O Instituto Fogo Cruzado destacou que moradores registraram disparos na Pedreira desde a madrugada. Ainda não há informações sobre prisões e apreensões.
De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, sete unidades escolares foram impactadas pelas ações no Complexo da Pedreira.
Carga roubada
Na quarta-feira, um caminhão com uma carga de carne avaliada em cerca de R$ 1 milhão foi roubado por criminosos na Avenida Prefeito Sá Lessa, próximo à Avenida Brasil. O motorista e um funcionário foram levados para a localidade Bin Laden, onde os suspeitos descarregaram os alimentos.
Policiais chegaram a recolher parte da mercadoria em um blindado, mas foram cercados por uma multidão que forçou a retirada dos produtos. Os agentes usaram spray de pimenta e, sem sucesso, recuaram. O próprio caveirão passou por cima de parte da carga durante a confusão.
A Polícia Militar admitiu ter liberado o acesso da população às caixas diante da impossibilidade de garantir a segurança da equipe e dos moradores. “Os policiais militares, como é a nossa orientação, inicialmente tentaram conter, mas o bem maior a ser protegido é a vida das pessoas”, afirmou o secretário estadual de Polícia Militar, coronel Marcelo de Menezes.
De acordo com a corporação, parte da carga roubada foi recuperada.