As investigações da PF em questão são referentes à vacina Covaxin. O vice-presidente do colegiado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), acatou sugestão do senador Fabiano Contarato (Rede-ES) para que a comissão entre no Supremo Tribunal Federal (STF) com habeas corpus para “trancar” o inquérito.
Por Redação - de Brasília
A cúpula da CPI da Covid prometeu, nesta quinta-feira, reagir às investidas do governo Jair Bolsonaro, que tenta pressionar e intimidar os trabalhos da comissão usando inclusive a Polícia Federal (PF). Na véspera – durante depoimento do ex-assessor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, o coronel Marcelo Blanco – surgiu a informação de que a PF teria aberto um inquérito para apurar suposto vazamento de depoimentos sigilosos enviados pela corporação à CPI.
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) propôs ação junto ao Supremo Tribunal Federal, contra a ação da PF
As investigações da PF em questão são referentes à vacina Covaxin. O vice-presidente do colegiado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), acatou sugestão do senador Fabiano Contarato (Rede-ES) para que a comissão entre no Supremo Tribunal Federal (STF) com habeas corpus para “trancar” o inquérito.
Oposição
O senador anunciou também que pedirá ao presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), “para que sejam tomadas as providências devidas contra o senhor ministro da Justiça (Anderson Torres) e contra o diretor geral da Polícia Federal (Paulo Maiurino)”. Segundo ele a Lei 1.579, de 1952, caracteriza como crime “impedir ou tentar impedir, mediante violência, ameaça (…)”, o funcionamento de uma CPI.
— Acho que o ministro da Justiça deve se chamar Anderson Torres, não Franz Gürtner — afirmou Rodrigues, citando ministro da Justiça do ditador nazista alemão, Adolf Hitler.
Os senadores do G7 – grupo de oposição ao governo que compõe a CPI da Covid – demonstraram indignação. A tentativa de Bolsonaro e seu governo é “transformar a PF em polícia política”, afirmou Randolfe. Para Otto Alencar (PSD-BA), “a estrutura do governo está montada para proteger depoentes como Marcelo Blanco”.
— O governo treina esse pessoal para que venha aqui fazer esse ato cênico deplorável de mentir — conclui Alencar.