Segundo as investigações, além de controlar o tráfico local, Bob do Caju comandava um esquema de roubo de cargas na região do Porto do Rio.
Por Redação, com Agenda do Poder – do Rio de Janeiro
A Polícia Civil prendeu, na manhã desta segunda-feira, Luiz Alberto Santos de Moura, conhecido como ‘Bob do Caju’, de 41 anos, no Parque Alegria, comunidade que integra o Complexo do Caju, na Zona Portuária do Rio.
Apontado como o chefe do tráfico de drogas na região e uma das principais lideranças da facção criminosa Terceiro Comando Puro (TCP), Bob do Caju era foragido da Justiça e estava com um mandado de prisão em aberto pelo crime de roubo majorado.
Ele foi preso, sem resistência, durante a Operação Torniquete, deflagrada por agentes da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC), com apoio da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE).
Segundo as investigações, além de controlar o tráfico local, Bob do Caju comandava um esquema de roubo de cargas na região do Porto do Rio. Ele articulava ações com comparsas que monitoravam caminhões saindo da área portuária.
Os veículos com cargas valiosas eram interceptados e levados para dentro do Complexo do Caju ou para comunidades vizinhas da Maré, como Vila do João e Vila do Pinheiro, também controlada pela mesma facção. O criminoso determinava o destino das cargas roubadas e a divisão dos lucros entre os comparsas.
A polícia aponta que o esquema operava como um ‘consórcio criminoso’ entre comunidades da facção, envolvendo logística, armamento e divisão de recursos.
Anotações criminais
Bob do Caju acumulava 20 anotações criminais e mais de 40 anos de condenações pelos crimes de organização criminosa, tráfico de drogas, homicídio, associação para o tráfico e roubo.
Ele também é citado como um dos responsáveis por fomentar a guerra entre facções na Rocinha em 2017. À época, teria fornecido armas e homens para o traficante Nem da Rocinha, em conflito com o Comando Vermelho, então liderado por Rogério 157.
Bob do Caju estava solto há pouco mais de um ano, após cumprir sete anos de prisão. Na última vez em que foi preso, em 2017, uma ação paralela apreendeu 10 fuzis escondidos em um carro roubado no Complexo do Caju.