Lavrov disse que autoridades, incluindo o porta-voz de segurança nacional da Casa Branca John Kirby, disseram que os Estados Unidos estão abertos a negociações, mas que a Rússia recusou. A Rússia argumentou que o lobby ocidental significa que "pode ser muito difícil se as posições forem manifestadas publicamente".
Por Redação, com Reuters - de Moscou
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse nesta terça-feira que os Estados Unidos estão envolvidos há muito tempo na guerra na Ucrânia.
– Parece-me que os americanos estão participando de fato desta guerra há muito tempo – afirmou Lavrov à televisão estatal russa. "Esta guerra está sendo controlada pelos anglo-saxões."
Lavrov disse que autoridades, incluindo o porta-voz de segurança nacional da Casa Branca John Kirby, disseram que os Estados Unidos estão abertos a negociações, mas que a Rússia recusou.
– Isso é uma mentira – declarou Lavrov. "Não recebemos nenhuma oferta séria para fazer contato."
Votação secreta sobre Ucrânia
A Assembleia-Geral das Nações Unidas votou na segunda-feira para rejeitar o pedido da Rússia para que o órgão de 193 membros realize uma votação secreta no final desta semana sobre se condenará a decisão de Moscou de anexar quatro regiões parcialmente ocupadas na Ucrânia.
A Assembleia-Geral decidiu, com 107 votos a favor, que realizaria uma votação pública, não uma votação secreta, sobre um projeto de resolução que condena os "chamados referendos ilegais" da Rússia e a "tentativa de anexação ilegal". Diplomatas disseram que a votação da resolução provavelmente será na quarta ou quinta-feira.
Apenas 13 países se opuseram na segunda-feira à realização de uma votação pública sobre o projeto de resolução, outros 39 países se abstiveram e os demais países, incluindo Rússia e China, não votaram.
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A Rússia argumentou que o lobby ocidental significa que "pode ser muito difícil se as posições forem manifestadas publicamente". Durante a reunião na segunda-feira, o embaixador da Rússia na ONU, Vassily Nebenzia, questionou a iniciativa para condenar Moscou.
– O que isso tem a ver com paz e segurança ou com tentar resolver conflitos? – disse Nebenzia, descrevendo a decisão como "mais um passo em direção à divisão e à escalada, que tenho certeza que não é algo que a maioria absoluta dos Estados nesta sala precisa".
Depois que a Assembleia-Geral decidiu na segunda-feira que realizaria uma votação pública sobre o projeto de resolução, a Rússia imediatamente tentou fazer com que o órgão reconsiderasse a questão, mas fracassou de maneira esmagadora.
O projeto de resolução da Assembleia-Geral da ONU pede aos Estados que não reconheçam o movimento da Rússia e reafirma a soberania e a integridade territorial da Ucrânia.
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