Secretarias de Agricultura e Saúde monitoram surto de gripe aviária em galinhas-d’Angola no BioParque do Rio, com ações de contenção e vigilância em humanos.
Por Redação, com Agenda do Poder – do Rio de Janeiro
Um foco de gripe aviária foi confirmado em galinhas-d’Angola do BioParque do Rio, localizado na Zona Norte da capital fluminense. A informação foi divulgada pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento na terça-feira, após exames realizados pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA), do Ministério da Agricultura, confirmarem a presença do vírus H5N1.
Segundo a Superintendência de Defesa Agropecuária, a doença foi detectada em uma área da savana africana do parque. A região foi imediatamente isolada e interditada para visitação. O restante do BioParque permanece aberto ao público, mas sob monitoramento rigoroso.
Para conter a disseminação do vírus, foi montada uma força-tarefa envolvendo a Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ), o Ministério da Agricultura e técnicos do próprio BioParque. Entre as medidas adotadas estão a quarentena de 14 dias na área afetada, rastreamento de contato, controle de entrada e saída de materiais e pessoas, além do acompanhamento clínico de todas as aves.
A SES-RJ também iniciou o monitoramento de 15 funcionários que tiveram contato com os animais contaminados. A vigilância em saúde é realizada em parceria com as secretarias municipais, por meio do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs). Caso algum dos monitorados apresente sintomas respiratórios, será tratado como caso suspeito e encaminhado para análise laboratorial pela Fiocruz e o Lacen.
Vírus H5N1
Apesar da gravidade do vírus H5N1 em aves, especialistas reforçam que a gripe aviária não é transmitida por meio do consumo de carne ou ovos. A principal preocupação das autoridades está relacionada ao potencial de contágio humano em casos de exposição direta, ainda que esse tipo de transmissão seja raro.
O secretário de Agricultura, Flávio Campos, destacou a importância da resposta rápida: “Seguimos trabalhando em total alinhamento com os órgãos federais para garantir a segurança sanitária e proteger a saúde animal e humana”.
Já o superintendente de Defesa Agropecuária, Paulo Henrique Moraes, afirmou que a reabertura da área interditada só ocorrerá com segurança plena para os visitantes.
Com a proximidade das férias escolares, o surto acende um alerta entre frequentadores e reforça a necessidade de vigilância permanente contra a gripe aviária em espaços com grande circulação de animais e pessoas. As autoridades seguem em alerta, com ações contínuas para evitar o avanço do vírus em outras regiões do Estado.