A falta de pagamento de serviços básicos bateram recorde, em dezembro, e o percentual chegou a 23,6%, maior valor de toda a série histórica iniciada em janeiro de 2018. A inadimplência nessas contas cresceu mês a mês desde o início da pandemia de covid-19.
Por Redação - de Brasília
Com o fornecimento de energia elétrica mais caro, aumenta o risco de mais residências, em todo o país, ficarem no escuro. Muitos consumidores tendem a ficar sem dinheiro para honrar com os seus compromissos, prevê a Serasa. A inadimplência em contas básicas, como energia, água e gás, representava 22,3% do total de débitos em maio, e a tendência é de crescimento com os sucessivos reajustes nos preços desses serviços.
Segundo dados da empresa, há 36,9 milhões de faturas atrasadas no e a alta no valor do gás de cozinha também tem pressionado a renda das famílias.
— O aumento no valor das contas de luz e gás pode impactar o orçamento dos brasileiros e resultar no atraso do pagamento — disse Nathalia Dirani, gerente da Serasa, a jornalistas neste domingo.
Bandeira vermelha
A falta de pagamento de serviços básicos bateram recorde, em dezembro, e o percentual chegou a 23,6%, maior valor de toda a série histórica iniciada em janeiro de 2018. A inadimplência nessas contas cresceu mês a mês desde o início da pandemia de covid-19, em março de 2020, mas caiu em janeiro deste ano e ficou entre 22,2% e 22,7% nos meses seguintes. O número de maio é 0,4 ponto percentual menor que o de abril.
Conforme determinou a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a bandeira vermelha, a mais cara cobrada sobre a conta de luz, deverá subir mais de 20% devido à crise hídrica instalada no país.