O texto divulgado nesta quarta-feira apresenta fatos que exemplificam o modus operandi de Aras e Lindôra, por agir deliberadamente para blindar o presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados. Um dos casos se refere à omissão na defesa do sistema eleitoral que preocupa, inclusive, integrantes do próprio Ministério Público Federal.
Por Redação - de Brasília
A Coalizão em Defesa do Sistema Eleitoral protocolou, na véspera, no Supremo Tribunal Federal (STF), uma notícia-crime contra o Procurador-Geral da República, Augusto Aras, e a Vice-Procuradora-Geral da República, Lindôra Araújo, por crime de prevaricação. O coletivo pede que ambos sejam impedidos de atuar junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nestas eleições, por serem juridicamente suspeitos.
O procurador-geral Augusto Aras tem sido complacente com o presidente da República, Jair Bolsonaro
“Diante de toda a atuação desde que tomaram posse nos respectivos cargos, a suspeição por parcialidade está diagnosticada. Ambos demonstram interesse nos processos em favor de alguém. Deve, portanto, referida suspeição ser reconhecida e decretada não por um ou dois atos isolados, mas por uma prática de atos de maneira contínua, sequencial, sucessiva, recorrendo a métodos poucos ortodoxos e louváveis, objetivando a proteção do Presidente”, justifica a coalizão.
Ordem jurídica
O texto apresenta fatos que exemplificam o modus operandi de Aras e Lindôra, por agir deliberadamente para blindar Jair Bolsonaro e seus aliados. Um dos casos se refere à omissão na defesa do sistema eleitoral que preocupa, inclusive, integrantes do próprio Ministério Público Federal.
“Mais de 30 subprocuradores-gerais da República declararam a gravidade da situação, que demanda atuação efetiva, firme e preventiva do Ministério Público, em defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis”, resume a denúncia.