A Defesa Civil de Gaza informou que 33 pessoas morreram nesta sexta-feira atacados por militares israelenses.

A notícia chega diante da iminente ofensiva terrestre israelense contra o maior centro urbano da Faixa de Gaza, que deve provocar o deslocamento forçado de cerca de 1 milhão de pessoas.

O plano foi condenado pela maior parte da comunidade internacional, que teme o agravamento da já catastrófica situação humanitária em Gaza.

Gabinete de segurança e assuntos políticos israelense aprovou também cinco ações imediatas para o fim da guerra. Comunicado diz que operação inclui o fornecimento de ajuda humanitária.

Os militares israelenses informaram que a escola estava sendo usada como centro de comando do Hamas, para esconder militantes e fabricar armas.

Nesta terça-feira, os tanques de Israel aprofundaram sua incursão em alguns distritos da Cidade de Gaza, incluindo Shejaia, Sabra e Tel Al-Hawa, onde os moradores relataram no dia anterior alguns dos combates mais ferozes desde o início da guerra entre Israel e o Hamas.

O Serviço de Emergência Civil de Gaza afirmou acreditar que dezenas de pessoas foram mortas, mas as equipes de emergência não conseguiram chegar até elas devido às ofensivas em andamento em Daraj e Tuffah, no leste, e em Tel Al-Hawa, Sabra e Rimal, mais a oeste.

Dois dos ataques aéreos israelenses atingiram duas escolas na Cidade de Gaza, matando ao menos 14 pessoas, segundo os médicos. Outro ataque a uma casa no campo de Shati, um dos oito campos de refugiados históricos da Faixa de Gaza, matou outras 10 pessoas.

De acordo com Philippe Lazzarini, mais de 423 mil pessoas já deixaram suas casas na Faixa de Gaza, que "está se tornando rapidamente um inferno". "O tamanho e a velocidade da crise humanitária em curso são assustadores", acrescentou.

Militares israelenses dão ultimato para que 1 milhão de palestinos deixem suas casas em direção ao sul, em meio a preparativos para ofensiva terrestre.