Rio de Janeiro, 22 de Julho de 2025

Vladimir Putin anuncia mobilização e promete usar 'todos os meios'

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Quarta, 21 de Setembro de 2022 às 07:58, por: CdB

Após perder territórios ocupados durante contraofensiva ucraniana, presidente russo anuncia mobilização parcial das tropas. Em discurso duro ao Ocidente, ele diz que usará todos os meios para proteger a Rússia.

Por Redação, com ANSA - de Moscou

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou uma mobilização parcial durante um pronunciamento à nação e a convocação de reservistas para combater na Ucrânia, que realiza uma contraofensiva para reconquistar territórios tomados por Moscou.
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O presidente da Rússia, Vladimir Putin
– É necessário apoiar a proposta de mobilização parcial dos cidadãos na reserva, aqueles que já serviram e que têm experiência pertinente – disse Putin em seu discurso, acrescentando que trata-se "apenas de uma mobilização parcial". Segundo o presidente, o Ocidente "ultrapassou todos os limites" em sua "agressiva política anti-Rússia. "Vamos usar todos os meios à nossa disposição para proteger a Rússia, e isso não é um blefe", garantiu Putin, indicando inclusive uma possível utilização de arsenal nuclear. O decreto de mobilização parcial foi publicado pelo Kremlin nesta quarta-feira, e os governadores regionais ficarão responsáveis por cumprir as metas de alistamento estabelecidas por Moscou. A medida prevê a convocação de 300 mil reservistas, ou seja, pessoas que já serviram nas Forças Armadas e que contam com experiência militar. Putin ainda acusou o Ocidente de querer "enfraquecer, dividir e destruir" a Rússia e disse que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) faz operações de reconhecimento em todo o sul do país. – É nossa tradição histórica e o destino do nosso povo frear aqueles que buscam a dominação mundial, que ameaçam desmembrar e tornar escrava a pátria mãe. É isso o que estamos fazendo agora, e conto com seu apoio – disse. A mobilização começa às vésperas dos referendos de anexação nas províncias de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporizhia, regiões da Ucrânia parcialmente controladas pela Rússia. Segundo Putin, as votações "têm o apoio" de Moscou.

Reações

A embaixadora dos Estados Unidos na Ucrânia, Bridget Brink, disse no Twitter que a mobilização parcial ordenada pela Rússia é um "sinal de fraqueza". "Os EUA jamais reconhecerão a pretensão russa de anexar o território ucraniano", acrescentou. Já o vice-chanceler da Alemanha, Robert Habeck, afirmou que Moscou deu um "passo péssimo e errado". Por sua vez, a China pediu "diálogo" para as partes envolvidas e exortou Rússia e Ucrânia a encontrar "uma maneira de debater as preocupações de segurança" dos dois lados.
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