Rio de Janeiro, 25 de Junho de 2025

Vendas da indústria recuam e expõem gravidade da crise econômica

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Quinta, 28 de Outubro de 2021 às 13:28, por: CdB

A reabertura econômica possibilitada pelo avanço da vacinação, com o fim da maior parte das restrições contra a disseminação da covid-19, e o aumento das exportações devem ter impacto positivo nas vendas e na produção. Para a Fiesp, o resultado da atividade industrial nos próximos meses vai depender do comportamento de todos os esses fatores.

Por Redação - de São Paulo
As vendas reais da indústria de transformação paulista tiveram queda de 4,2% em setembro em relação a agosto, segundo levantamento divulgado hoje (28) pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). No terceiro trimestre de 2021, o setor acumula retração de 7%.
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A indústria termina o ano com perspectiva menor do que aquela no início da pandemia
Em setembro, os salários médios também tiveram queda de 1,2%. No terceiro trimestre, a redução da média salarial chega a 3,2%. Em outubro, no entanto, o sensor da atividade industrial, medido pela Fiesp, subiu dos 49,2 pontos registrados em setembro para 52,9 pontos. No índice, os resultados acima de 50 pontos significam melhora da atividade industrial e os abaixo desse patamar, uma piora.

Exportações

De acordo com a federação, as indústrias enfrentam gargalos para a produção, como o aumento do preço da energia e a dificuldade de suprimento para alguns segmentos. Além disso, a alta da inflação ao consumidor e das taxas de juros também podem prejudicar o momento de retomada. Por outro lado, a reabertura econômica possibilitada pelo avanço da vacinação, com o fim da maior parte das restrições contra a disseminação da covid-19, e o aumento das exportações devem ter impacto positivo nas vendas e na produção. Para a Fiesp, o resultado da atividade industrial nos próximos meses vai depender do comportamento de todos os esses fatores. Ainda nesta terça-feira, um outro indício da gravidade que representa a crise econômica, em curso no país, o Índice de Confiança do Comércio (Icom), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), subiu 0,1 ponto em outubro, ficando em 94,2 pontos. Em setembro o indicador havia caído 6,8 pontos e em agosto a retração foi de 0,2 ponto. Em médias móveis trimestrais, a queda foi de 2,3 pontos.

Incerteza

Segundo o coordenador da Sondagem do Comércio do FGV Ibre, Rodolpho Tobler, os dados indicam uma acomodação na confiança do comércio em outubro, em meio às incertezas no mercado. — O resultado desse mês foi influenciado mais uma vez pela piora na percepção do ritmo de vendas que ocorre há três meses consecutivos. Por outro lado, as expectativas pararam de cair, recuperando parte do que foi perdido no último mês. O cenário para o setor ainda se mostra desafiador com a confiança do consumidor em patamar muito baixo, incerteza elevada, avanço da inflação e recuperação lenta do mercado de trabalho — afirmou No mês, três dos seis principais segmentos do setor registraram queda, resultando na virtual estabilidade. Enquanto o Índice de Expectativas (IE-COM) subiu 3,9 pontos, para 93,3, o Índice de Situação Atual (ISA-COM) caiu 3,8, para 95,3 pontos.
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