Em um movimento liderado pela França e apoiado pela Alemanha dentro do bloco, a União Europeia (UE) começa a elaborar sanções contra Beirute pela crise socioeconômica gerada pelo atual governo.
Por Redação, com Sputnik - de Bruxelas
Em um movimento liderado pela França e apoiado pela Alemanha dentro do bloco, a União Europeia (UE) começa a elaborar sanções contra Beirute pela crise socioeconômica gerada pelo atual governo.
União Europeia prepara sanções contra o Líbano pela primeira vez na história
A UE está em processo para emitir sanções contra políticos no Líbano, e se prepara para as primeiras penalidades do bloco contra seu aliado no Oriente Médio. O motivo seria uma frustração crescente com a má gestão da elite governante libanesa, segundo à agência inglesa de notícias Reuters.
O bloco está tentando aumentar a pressão sobre Beirute após dez meses de crise, que deixaram o Líbano enfrentando um colapso financeiro, hiperinflação, apagões de eletricidade e escassez de combustível e alimentos.
– O nível de impaciência com a classe dominante está crescendo. Eles não parecem ter o interesse de seu povo no coração. Esperamos ver uma decisão nas próximas três a quatro semanas – disse um diplomata sênior da UE, citado pela mídia.
Nenhum nome foi mencionado, mas seis diplomatas e outros funcionários disseram à mídia que as sanções começaram a ser trabalhadas após ministros das Relações Exteriores da UE concordarem em agir na segunda-feira.
– As pessoas estão sofrendo, mas os líderes políticos não estão assumindo a responsabilidade enquanto o país está literalmente desmoronando – disse o chefe de política externa da UE, Josep Borrell, citado pela Reuters.
Divisões entre os 27 Estados da UE
Há divisões entre os 27 Estados da UE sobre a sensatez das sanções, mas as duas principais potências do bloco, França e Alemanha, são a favor, o que provavelmente será crucial. A Hungria, até agora, foi o único país mais enfático contra as sanções, denunciando publicamente os movimentos do bloco em torno de sua elaboração.
Diplomatas também ponderam como ou se a UE vai mirar no braço político do Hezbollah, grupo que exerce enorme poder no Líbano e também é responsável por parte do status quo político do país.
Na terça-feira, em um possível sinal para o bloco europeu, os Estados Unidos, pela primeira vez sob o governo de Joe Biden, sancionaram sete cidadãos libaneses que disseram estar ligados a uma empresa financeira do Hezbollah, e apelaram a outros governos que efetuassem medidas similares, segundo a mídia.