Macron comandará o órgão responsável por coordenar as políticas dos países da União Europeia, em áreas como relações internacionais e segurança, e celebrar acordos entre o bloco e outros países ou organizações internacionais. O Conselho foi criado em 1958 e tem sede em Bruxelas, na Bélgica.
Por Redação, com agências internacionais - de Paris
Ergue-se, a partir deste sábado, mais uma trincheira contra o governo neofascista do presidente Jair Bolsonaro (PL), no exterior. A partir desta data, a França ocupa a Presidência rotativa do Conselho da União Europeia (UE), com o presidente Emmanuel Macron, desafeto declarado do mandatário brasileiro. O mandato dura seis meses. Na gestão anterior, o cargo era ocupado pela Eslovênia.
Emmanuel Macron assume a Presidência da União Europeia com um discurso que incomoda o presidente Bolsonaro sobre a Região Amazônica
Macron comandará o órgão responsável por coordenar as políticas dos países da União Europeia, em áreas como relações internacionais e segurança, e celebrar acordos entre o bloco e outros países ou organizações internacionais. O Conselho foi criado em 1958 e tem sede em Bruxelas, na Bélgica. Participam como membros os ministros dos governos de cada país do bloco.
Não há integrantes fixos – a composição ocorre por meio dez formações diferentes, a depender dos assuntos tratados nas sessões públicas, onde as autoridades reunidas apreciam e votam projetos legislativos.
Discurso
A instituição é uma das mais importantes da União Europeia, ao lado do Parlamento Europeu, do Conselho Europeu e da Comissão Europeia. Prestes a concorrer na eleição presidencial de abril, contra os representantes da extrema-direita Marine Le Pen e Éric Zemmour, Macron declarou em discurso na sexta-feira, no Palácio do Eliseu, que o ano novo pode marcar uma “mudança de rumo” para a Europa. O chefe de Estado demonstrou preocupação com temas como a pandemia e as mudanças climáticas.
Em novembro, Macron chegou a se reunir com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para discutir o combate à extrema-direita. O gesto foi compreendido por especialistas como uma manifestação de preferência a Lula por parte dos europeus na eleição de 2022 no Brasil.
Entre os desafios a serem enfrentados pela França no comando do Conselho, está a mediação da crise entre a Rússia e os Estados Unidos sobre os rumos da Ucrânia. Os presidentes Vladimir Putin e Joe Biden sinalizam risco de ruptura diplomática por divergências quanto à presença da Organização do Tratado do Atlântico Norte, a Otan, na região.