Em 28 de setembro, a Moldávia realizará eleições parlamentares marcadas pela dicotomia entre as forças pró-Moscou e aquelas que desejam aderir à UE, como o Partido de Ação e Solidariedade (PAS) de Sandu.
Por Redação, com Europa Press – de Kiev
O governo ucraniano se colocou à disposição das autoridades moldavas para ajudar a neutralizar qualquer tentativa de interferência russa nas eleições que serão realizadas na próxima semana, em um contexto em que a adesão do país à União Europeia ou a aproximação com Moscou está em jogo.

– Sabemos que a Rússia fez e continua a fazer enormes esforços para desestabilizar a Moldávia – disse o porta-voz das relações exteriores ucranianas, Heorhi Tiji, em uma coletiva de imprensa, afirmando que Moscou está investindo grandes quantias de dinheiro e recursos na questão.
Seja por meio de “propaganda, desinformação ou vários métodos”, disse o porta-voz, acrescentando que tudo isso “constitui uma interferência séria nos assuntos internos da Moldávia”, informa o Ukrinform.
Tiji disse que a Ucrânia espera que as eleições na Moldávia sejam realizadas de forma democrática e aberta e que todos possam escolher” e enfatizou que está pronta para ajudar seu vizinho a evitar sua desestabilização.
Os comentários de Kiev foram feitos poucos dias depois que o presidente da Moldávia, Maia Sandu, alertou em uma entrevista ao Financial Times sobre os supostos riscos para as eleições de 28 de setembro devido à interferência da Rússia, que teria usado sacerdotes ortodoxos para seus propósitos.
Sandu pediu à UE que fortaleça os mecanismos de monitoramento durante as eleições e enfatizou seu interesse na eventual adesão da Moldávia ao bloco.
Moldávia
Em 28 de setembro, a Moldávia realizará eleições parlamentares marcadas pela dicotomia entre as forças pró-Moscou e aquelas que desejam aderir à UE, como o Partido de Ação e Solidariedade (PAS) de Sandu.
Há alguns meses, quatro forças pró-russas anunciaram a formação de uma coalizão para ocupar o espaço deixado pela coalizão até então mais pró-Moscou, a Victoria, liderada pelo polêmico Ilon Shor, a quem Sandu acusou de tentar sabotar as eleições presidenciais de 2024.