Rio de Janeiro, 16 de Setembro de 2025

Ucrânia: munições de fragmentação matam mais de mil civis

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Segunda, 15 de Setembro de 2025 às 14:41, por: CdB

As munições de fragmentação, que podem causar ferimentos graves, continuaram a ser usadas por ambos os lados durante o conflito.

Por Redação, com Reuters – de Kiev

As munições de fragmentação causaram mais de 1,2 mil vítimas civis na Ucrânia desde a invasão em grande escala da Rússia em fevereiro de 2022, informou um grupo ativista na segunda-feira.

Ucrânia: munições de fragmentação matam mais de mil civis | Munições de fragmentação provocam 1,2 mil vítimas civis na Ucrânia, aponta monitor
Munições de fragmentação provocam 1,2 mil vítimas civis na Ucrânia, aponta monitor

As munições de fragmentação, que podem causar ferimentos graves, continuaram a ser usadas por ambos os lados durante o conflito, particularmente pela Rússia, causando mortes e ferimentos em civis, disse o Landmine and Cluster Munition Monitor em um novo relatório.

– Continuam ocorrendo ataques que atingem áreas civis e edifícios residenciais. Ataques individuais… mataram dezenas de civis e deixaram centenas de feridos – disse Michael Hart, especialista em pesquisa do Cluster Munition Monitor.

Nem a Rússia nem a Ucrânia fazem parte da convenção de 2008 que proíbe as munições de fragmentação, que atualmente tem 112 países membros.

As munições de fragmentação, disparadas do solo ou por aeronaves, explodem em pleno ar, pulverizando fragmentos de bombas menores em uma ampla área.

Os sobreviventes geralmente sofrem ferimentos graves causados por explosões e queimaduras que podem resultar em necessidades médicas para toda a vida, e os ativistas se preocupam principalmente com as bombas não detonadas que permanecem no campo de batalha muito tempo após o término de um conflito.

Estados Unidos

Os Estados Unidos transferiram munições de fragmentação para a Ucrânia em pelo menos sete remessas separadas entre julho de 2023 e outubro de 2024, incluindo armas que aparentemente transitaram pela Alemanha, que é parte da Convenção, segundo o relatório. Não houve novas transferências durante o governo do presidente dos EUA, Donald Trump, acrescentou.

O Monitor disse que a retirada da Lituânia do tratado em março de 2025 “levantou preocupações sobre a erosão das normas de desarmamento humanitário”. É o primeiro país a se retirar da convenção.

– Já vimos o impacto que essa decisão teve sobre o Tratado de Proibição de Minas, e os Estados devem ficar extremamente atentos quanto a um efeito dominó mais amplo – disse Tamar Gabelnick, diretora da Cluster Munition Coalition.

Em junho, a Ucrânia juntou-se a alguns países que anunciaram sua retirada da Convenção de Ottawa sobre minas terrestres, diante do que eles dizem ser ameaças militares crescentes da Rússia.

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